Com presença ostensiva da polícia, manifestantes participaram na tarde de ontem, em São Paulo, Brasília e no Rio de Janeiro, de atos contra a Copa. Na capital paulista, apesar do pequeno número de participantes na concentração do ato, na Praça do Ciclista, na região da Avenida Paulista, havia muitos policiais da Tropa de Choque da Polícia Militar, da Cavalaria, além de equipes em motocicletas e a pé. Alguns policiais portavam armas de grosso calibre. Sobre os cerca de 40 cavalos, soldados da PM estavam armados com sabres.
O 11.º ato contra o Mundial, denominado Se Não Tiver Direitos Não Vai Ter Copa, fechou a pista sentido Consolação da Paulista. Segundo a Polícia Militar, a manifestação começou com cerca de 200 pessoas. Além dos gastos com o Mundial, os ativistas protestaram contra a repressão policial e pelo direito de livre manifestação e de greve. "As pessoas muitas vezes nem têm coragem de vir ao ato. Quando vêm, se deparam com um aparato [da polícia] totalmente desproporcional à nossa possibilidade de se manifestar", destacou o manifestante Rodrigo Antonio.
Houve um princípio de tumulto no início da noite. A confusão aconteceu após a detenção de um manifestante. O coronel José Eduardo Bexiga, da PM não soube informar as causas da prisão. O protesto seguiu até as 19h10.