O secretário estadual de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, disse nesta sexta-feira (8) que a Polícia Militar vai “agir fortemente” para prender manifestantes que eventualmente depredarem patrimônio público e privado no ato do Movimento Passe Livre (MPL) contra o aumento da tarifa do transporte público, marcado para às 17 horas.
Segundo Moraes, a PM “sempre tem calma e sempre tem cautela” nos protestos e possui “a maior expertise em acompanhar grandes manifestações no Brasil”. “Estamos atentos e vamos agir fortemente com prisões em relação a eventuais black blocs. Manifestação não se confunde com vandalismo. Quem praticar vandalismo é criminoso e será preso. Mas tenho absoluta certeza de que as manifestações vão transcorrer normalmente”, afirmou.
As manifestações acontecem na véspera do reajuste, que começa a valer neste sábado, 9, e amplia a tarifa de ônibus, metrô e trem de R$ 3,50 para R$ 3,80. O MPL convocou atos em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, que ocorrerão simultaneamente nesta sexta-feira. Na capital paulista, o grupo vai sair do Teatro Municipal. O evento foi convocado pelas redes sociais e até as 9h30 desta sexta-feira tinha 15 mil pessoas confirmadas e 9,6 mil interessadas. O trajeto não foi divulgado pelo grupo.
O secretário afirmou que não houve reunião do MPL com a polícia para definir o trajeto. “É outro grande problema das manifestações do MPL, que se recusa a fazer uma reunião, uma audiência prévia, simplesmente para verificar o trajeto”, disse. A orientação da polícia, conforme Moraes, é negociar o percurso com as lideranças do movimento durante a concentração no início do ato.
Em 30 de dezembro, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), e o governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciaram o reajuste da tarifa no ônibus, trem e metrô de São Paulo. O aumento será de 8,6%, abaixo da inflação - a previsão do Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) é de 10,72%. Com o aumento, as tarifas de integração devem subir de R$ 5,45 para R$ 5,92.