Apesar de ter “acalmado” o PMDB com a oferta de cinco ministérios, a presidente Dilma Rousseff ainda terá uma relação tensa com o principal partido aliado. Na mesma reunião em que decidiu aceitar a oferta da presidente, a bancada peemedebista na Câmara do Deputados chegou a discutir a proposta de abandonar a base aliada, que não foi aceita.
Apesar disso, há consenso na cúpula peemedebista sobre a fragilidade de Dilma. E uma parcela expressiva dos peemedebistas acha que a deterioração do cenário econômico nos próximos meses aumentará a insatisfação da população com o desempenho da presidente e não veem possibilidade de reação que tire Dilma das cordas. Segundo o Datafolha, a presidente tinha apenas 8% de aprovação em agosto.
Nas palavras de um líder do partido ouvido pela reportagem, o PMDB não deve “enforcar o governo”, mas “deixará a corda solta para que este mesmo o faça”.
Além disso, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) é visto como o possível sucessor de Dilma no caso de um impeachment.