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Governo

PMDB tenta retardar a troca de ministros

Brasília – O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o senador José Sarney (PMDB-AP) resistem à decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de começar em dezembro a reforma ministerial. Lula já avisou à dupla que fará "mudanças pontuais" na equipe, inclusive para melhorar a fotografia do ministério do segundo mandato, que será tirada em 1.º de janeiro, dia de sua posse. Mas não os convenceu.

Os dois senadores contestam a tese palaciana de que apressar a reforma seja a melhor tática para se obter êxito, tanto na montagem da equipe quanto na sucessão do Congresso, que inclui a reeleição de Renan e do presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-AL). Eles temem que a pressão dos aliados por cargos aumente demais e que Lula acabe forçado a ampliar a reforma já. O receio neste caso é de que falte habilidade ao Planalto na composição do ministério e que os insatisfeitos, especialmente dentro do PMDB, acabem dificultando o projeto da reeleição.

Embora tenha largado na frente, na condição de franco favorito na disputa, Renan admite, em conversas reservadas, que o lançamento de um candidato da oposição à presidência do Senado cria dificuldades. Refere-se ao líder do PFL, senador José Agripino Maia (RN), que também o procurou para dizer que quer a cadeira de presidente da Casa e entrará na disputa de forma respeitosa, mas "para valer".Congresso

No que se refere à sucessão no Congresso, a prioridade da cúpula governista do PMDB é garantir a presidência do Senado, embora o partido tenha a maior bancada da Câmara e o direito de indicar o presidente. Diante da insistência do PT em eleger o presidente da Câmara, com o avanço da candidatura do líder do governo Arlindo Chinaglia (PT-SP), e da preferência de Lula pelo sistema simplificado de dupla reeleição, até os deputados peemedebistas admitem que, fica "praticamente impossível" o partido conquistar o comando das duas Casas.

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