Cinco dos 23 policiais militares condenados a 156 anos de prisão pela Justiça de São Paulo por envolvimento no Massacre do Carandiru continuam trabalhando na Polícia Militar (PM).Segundo a PM, um capitão, dois sargentos e dois cabos, que tiveram participação na morte de 13 presos no segundo pavimento do Pavilhão 9, em outubro de 1992, continuam trabalhando sem nenhuma restrição. Isso porque a decisão foi dada em primeira instância, e ainda cabe recursos.
A Polícia Militar não informou se os policiais estão em funções administrativas ou se trabalham nas ruas. No último domingo, após a leitura da sentença, a advogada Ieda Ribeiro de Souza adiantou que vai recorrer da sentença e tentar anular o julgamento. Ela considerou a decisão "manifestadamente contrária a prova dos autos", e reforçou que o placar foi apertado (4 votos contra 3 a favor da condenação). Para o promotor Marcio Friggi, se a sentença for confirmada, a pena só deverá começar a ser cumprida em dez anos.