Quatro policiais da Rota (tropa de elite da PM) foram presos na últimas sexta-feira (18) pela morte de um suspeito no Guarujá, no litoral de São Paulo. Segundo a Polícia Civil, eles haviam alegado resistência seguida de morte - quando o policial mata um criminoso em confronto, mas a versão foi derrubada após análise do GPS do carro deles.
De acordo com a polícia, os PMs afirmaram que, por volta das 22h de sexta, faziam uma operação em Vicente de Carvalho, quando foram recebidos a tiros por Gualtiero de Oliveira, 35, e por outros dois homens, ainda não identificados, no Sítio Conceiçãozinha.
Na versão dos PMs, os dois homens conseguiram fugir e Oliveira acabou morto na troca de tiros. Com ele, os policiais disseram ter achado cocaína, maconha e dois revólveres com numeração raspada. Por volta de meia-noite, os policiais comunicaram a morte do suspeito na delegacia.
Entretanto, testemunhas ouvidas pela polícia relataram ter visto Oliveira sendo colocado no carro dos policiais por volta das 21h, em outra rua. O delegado responsável pelo caso pediu então o rastreamento do GPS do carro dos PMs.
Segundo a polícia, o equipamento mostrou que os policiais estiveram na rua apontada pelas testemunhas por volta das 21h, onde o veículo ficou parado por pouco mais de 3 minutos. De lá, até às 23h15, o carro fez outras duas paradas em outras ruas, na mesma comunidade.