Membros da Polícia Militar, Civil e do Corpo de Bombeiros realizaram na manhã desta quinta-feira (17), no Litoral do Paraná, uma carreata contra a proposta de reajuste salarial de 23,5% anunciada pelo governadorBeto Richa (PSDB), na quarta-feira (15). Cerca de 150 veículos saíram de Guaratuba, por volta das 9 horas, passaram pela avenida central de Matinhos e seguiram em direção a Pontal do Paraná.
Organizados com faixas pedindo o cumprimento da Emenda 29/2010 e ao som do jingle de campanha de Richa, os manifestantes afirmam que o objetivo é demonstrar a necessidade de implantar a remuneração por subsídio no Paraná e de melhorias salariais para toda a classe.
"E não é qualquer subsídio. A notícia dada pelo governador não corresponde à realidade em termos de recomposição salarial. Nós teremos um evento mundial em 2014 e não queremos a segurança pública tratada apenas como uma questão de governo", afirma o cabo Bento Eliseo Aleixo, da Associação dos Militares Estaduais do Paraná (AMEP).
O grupo afirma que a partir de agora haverá um endurecimento das mobilizações e manifestações até que a segurança pública seja uma prioridade do Estado. "Esperamos que até o Carnaval o governador se manifeste de forma mais sensível. Enquanto isso vamos fazer o que fazemos bem: cumprir a lei. Nosso manifesto é dentro da lei", finalizou o cabo Aleixo.
Proposta do governo do Paraná
O governo do Paraná apresentou proposta de reajsute de 23,5% (seriam 17,5% de aumento real) aos policiais militares em início de carreira na quarta-feira (15).
De acordo com a tabela, um soldado que ganha R$ 2,4 mil passaria a receber R$ 3 mil, segundo a Agência Estadual de Notícias, órgão oficial de comunicação do Executivo estadual. A expectativa da categoria era de que o salário inicial de um soldado fosse de R$ 4,5 mil.
A insatisfação maior ficou por conta dos oficiais reformados (aposentados) que, segundo as entidades, não foram contemplados com o aumento real e só teriam direito às reposições da inflação.
Uma nova rodada de reuniões entre as entidades que compõem o fórum também está marcada para esta quinta-feira.
O governo alega que não pode majorar o reajuste. "Não posso quebrar o Estado para atender às reivindicações salariais", disse o governador Beto Richa, em entrevista à RPCTV.