Os dois policiais militares feridos ontem durante conflito com manifestantes na porta do Palácio Guanabara, sede oficial do governo do Estado do Rio de Janeiro, não correm risco de morte, informou hoje a assessoria de imprensa da Polícia Militar.A assessoria não divulgou o nome dos policiais, que pertencem ao 41º Batalhão da PM.
Um dos policiais teve o corpo incendiado durante o confronto com a manifestação, que protestava contra o governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral.
Dentro do palácio, Cabral recebia a visita do papa Francisco, que se encontrou com autoridades brasileiras na sede do governo fluminense após desfilar pelas ruas da cidade.
De acordo com a PM, o policial que teve o corpo queimado está internado desde ontem no Hospital Central da Polícia Militar, no bairro do Estácio, no Centro do Rio, e não corre risco de morte. Os principais ferimentos foram nas pernas, informou a assessoria.
O outro policial, ferido por estilhaços de coquetel molotov, foi atendido e liberado ontem.
Fotógrafo agredido
O fotógrafo da Agência France Presse Yasuyoshi Chiba também passa bem, após ter sido agredido por um policial no mesmo conflito de ontem à noite.
O fotógrafo levou três pontos na cabeça, devido ao ferimento provocado pelo cassetete do policial, informaram fontes que assistiram a agressão. Ele foi atendido ontem na Casa de Saúde Pinheiro Machado e hoje permanecerá em repouso em casa.
Segundo as mesmas fontes, Chiba, japonês que mora há dois anos no Rio, estava fotografando um manifestante sendo preso quando foi vítima da agressão.
Em nota no twitter, o grupo conhecido como Anonymous, que participa de protestos no mundo inteiro, repudiou a atitude dos policiais e convocou para que eles se unam aos manifestantes.
"O que vocês devem não só entender, mas compreender, é que todos nós estamos na mesma luta. Todos nós queremos um país melhor, justo e livre para nós e nossos filhos. Vocês são parte da nossa luta, e não o motivo dela. Vocês agridem aqueles que lutam por todos, inclusive, por vocês", disse em nota.
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