Um policial militar, ainda não identificado, foi flagrado furtando um aparelho de som de um carro estacionado na Rua Duque de Caxias, no Largo da Ordem, Centro Histórico de Curitiba. A ação criminosa ocorreu depois de uma série de ataques de arrombadores de carros, na mesma rua, todos com o mesmo objetivo: roubar aparelhos de som. A denúncia foi feita ontem pelo Paraná TV.
A cena flagrada pela reportagem mostra o exato momento em que a viatura de número 6333 do Policiamento Ostensivo Volante pára ao lado de um veículo aberto. Dois policiais descem com uma laterna e um deles começa a olhar para dentro do veículo.
Durante vários minutos, os dois ficam vigiando a rua e o carro, até que um deles entra e retira o aparelho de som. Como no caso dos arrombadores, a ação é rápida. Em segundos, ele sai com o som escondido sob uma prancheta.
Em seguida, entra na viatura, deixa o som e devolve a prancheta para o outro policial. Depois o carro é revistado novamente e o mesmo policial que levou o som retira mais um objeto de dentro do carro. Quando os donos do veículo chegam, os policiais agem como se nada pudessem fazer por eles.
Os policiais flagrados são "concorrentes" de arrombadores que atuam na região. Eles quebram vidros, entortam portas e abrem o capô para arrancar a buzina e evitar que o alarme dispare. Enquanto alguns vigiam, outros abrem os carros e levam os equipamentos. Até mesmo um guardador de carros foi flagrado arrombando o veículo que deveria "cuidar".
Minutos depois das imagens do flagrante, a Secretaria da Segurança Pública do Paraná, por meio de sua assessoria, informou que determinou a prisão imediata dos dois policiais flagrados roubando o aparelho de som no Largo da Ordem.
"A atitude enérgica da Secretaria será a mesma que sempre é tomada nos casos onde bandidos se fingem de policiais para cometer crimes", diz a nota. O delegado Rubens Recalcati, titular da Delegacia de Furtos e Roubos, disse que estava prevista para a noite de ontem uma operação para coibir roubos e furtos na região do Largo da Ordem. Apesar da veiculação das imagens, Recalcati garantiu que a ação seria mantida.
