O coordenador do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen), coronel Honório Olavo Bortolini, admitiu nesta segunda-feira (16) que pode ter havido falhas no esquema de revista dos visitantes da Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu, no Oeste paranaense. Na madrugada de domingo (15), quatro detentos fugiram cerrando as grades das celas.
A fuga só foi percebida pela segurança externa, realizada por policiais militares. Eles notaram uma corda feita de lençóis pendurada do lado de fora de um dos pavilhões e um buraco na parede. Só então os policiais que fazem a segurança interna perceberam a falta de quatro detentos. Nilvo Antônio Brandalise, 20; Ariel José Lopes da Silva, 19; Emerson de Jesus Moreno da Silva, 30 e Antônio Carlos Fagundes, 25 anos, fugiram. Depois de uma hora, os prisioneiros foram localizados e recapturados.
A unidade prisional foi projetada com base em penitenciárias de segurança máxima do Brasil e do Estados Unidos. Possui monitoramento por vídeo e celas pré-moldadas. Bortolini, porém, aponta problemas na estrutura de vigilância. Segundo o coordenador, existem pontos escuros, onde a iluminação disponível não é suficiente e as celas não possuem monitoramento individual, apenas os corredores e a área externa.
Uma sindicância deve apurar os motivos que expuseram a fragilidade do sistema de segurança. Aos presos serão aplicadas medidas disciplinares como isolamento por até 30 dias e restrição a visitas e ao trabalho. A penitenciária tem capacidade para 480 presos e atualmente abrigava 526 detentos. Em dezembro, sete prisioneiros conseguiram fugir do presídio, entre eles um dos seqüestradores de Wellington Camargo, irmão da dupla Zezé Di Camargo e Luciano. Seis deles, segundo o coordenador, já foram recapturados.
