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RJ

PMs não responderão por ocultação de cadáver de engenheira

Os quatro policiais suspeitos de envolvimento no caso da engenheira Patrícia Amieiro não serão mais julgados pelo crime de ocultação de cadáver, segundo divulgou hoje o Tribunal de Justiça do Rio.

A engenheira está desaparecida desde 2008 quando voltava para casa após ter ido a uma casa noturna.

Os desembargadores da 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio entenderam que não tinha mais sentido que Marcos Paulo Nogueira Maranhão, Willian Luis do Nascimento e os outros dois réus continuassem a responder pelo crime de ocultação de cadáver.

A decisão foi tomada após o Ministério Público Estadual aditar a denúncia de homicídio qualificado consumado para tentativa de homicídio.

"Mantendo o aditamento realizado no delito de homicídio para que passe a ser na modalidade tentada e deixando de existir, em homenagem à nova redação do dispositivo processual penal acima citado, a denúncia originária, é que passa a ser inconciliável a imputação referente ao crime de ocultação de cadáver em concomitância com o delito de homicídio tentado", diz o desembargador Gilmar Augusto Teixeira.

Além de tentativa de homicídio, Maranhão e Nascimento também serão julgados por fraude processual pela suspeita de alteração do local do crime.

Os outros PMs, Fábio da Silveira Santana e Márcio Oliveira dos Santos, podem responder apenas por fraude processual. Patrícia Amieira está desaparecida desde o dia 14 de junho de 2008, quando voltava para casa na Barra da Tijuca.

"Essa mudança foi surpreendente. Vou procurar nosso advogado hoje para ele explicar o que aconteceu. De qualquer forma, a gente ainda espera que eles sejam julgados em júri popular", disse hoje à reportagem o irmão da engenheira Adriano Amieiro, 29 anos.

Crime

Na ocasião do crime, a Polícia Civil informou que os tiros que atingiram o carro da engenheira, que tinha 24 anos na ocasião, partiram das armas dos PMs Maranhão e Nascimento, do Batalhão do Recreio dos Bandeirantes (zona oeste).

A polícia afirmou ainda que um pedaço do fragmento encontrado no veículo, localizado no canal de Marapendi, é compatível com um dos projéteis dos policiais.

Uma das suspeitas levantadas nas investigações é de que os policiais tenham se assustado quando o carro capotou e atiraram nele, matando a engenheira. Em seguida, teriam escondido seu corpo. As hipóteses, porém, não foram comprovadas.

Os PMs negam participação no crime. Até a manhã de hoje, não havia data marcada para o julgamento.

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