O ex-comandante da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Rocinha, major Edson Santos, e nove policiais da unidade foram denunciados pelo Ministério Público do Rio na noite de ontem (3). Eles são acusados por tortura mediante sequestro, pela morte e pela ocultação de cadáver do ajudante de pedreiro Amarildo Souza, 43.

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Com base no relatório entregue pelo promotor Homero Freitas, a Justiça expediu na tarde de hoje mandados de prisão preventiva contra os dez PMs.

Agora, o caso está sendo analisado pela juíza da 35º Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Daniella Alvarez Prado. O pedido de prisão foi feito pelo delegado responsável pelo caso Rivaldo Barbosa, da Divisão de Homicídios do Rio, e acatado pelo Ministério Público.

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Segundo a promotoria, os policiais estariam intimidando testemunhas ao estarem em liberdade. A denúncia de que Amarildo sofreu tortura partiu de provas testemunhais.

Entre os policiais denunciados estão Douglas Roberto Vital Machado, Marlon Campos Reis e Victor Vinícius Pereira da Silva. Todos negam participação no crime.Amarildo desapareceu no dia 14 de junho, depois de ter sido levado por policiais militares para a sede da UPP da favela. Na véspera, uma operação policial havia prendido 21 pessoas sob acusação de envolvimento com o tráfico.

O Ministério Público também levou em conta os depoimentos de testemunhas sobre a atuação dos agentes da UPP e as contradições encontradas nas declarações dos policiais.

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