Curitiba - Rapazes acusam policial de roubo
Dois rapazes registraram boletim de ocorrência em uma delegacia de Curitiba contra um policial civil por agressão e roubo. O segurança Adriano Schomberger do Carmo, 24 anos, e o metalúrgico Alessandro Paulo da Silva, 27, disseram que foram agredidos e roubados durante uma abordagem feita por um investigador do 10.° Distrito Policial da capital, na noite de 9 de julho.
Ponta Grossa Três policiais militares são investigados num Inquérito Policial Militar (IPM) instaurado no 1.º Batalhão de Polícia Militar de Ponta Grossa, nos Campos Gerais. Investigações conduzidas por oficiais indicam que os três furtaram, de dentro do quartel, peças de computadores, latas de óleo automotivo e componentes de máquinas caça-níqueis apreendidas em operações policiais. Os policiais não tiveram os nomes divulgados. Eles foram remanejados para outras funções e continuam trabalhando normalmente.
Na última quinta-feira foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas casas dos suspeitos, em Ponta Grossa e Curitiba. Na capital foi apreendido um computador, retirado do quartel sem autorização por um dos policiais investigados, que está realizando um curso oferecido pela corporação. Existe ainda a suspeita de que os componentes das máquinas caça-níqueis estariam sendo vendidos a comerciantes de Ponta Grossa que ainda mantêm os equipamentos em seus estabelecimentos. O inquérito, aberto na última semana de junho, deve ser encerrado no início de agosto, mas pode ser prorrogado por mais 20 dias.
A relações públicas do 1.º Batalhão, aspirante Natália Marangoni, afirma que não há corporativismo, apesar de a investigação ser realizada dentro do próprio Batalhão. "A investigação se dá de forma neutra", alega. Ela reconhece que o envolvimento de policiais em crimes prejudica a imagem da corporação. "Mas a população tem consciência de que se trata de um fato isolado."
Segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública, desde 2003 foram presos 652 policiais militares em todo o estado. Para o professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e coordenador do Centro de Estudos de Segurança Pública da instituição, Pedro Bodê, a seleção dos profissionais apresenta falhas. Além disso, segundo ele, os policiais espelham a "cultura da violência", que faz com que as pessoas achem normais desvios de conduta.
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