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Podcaster incentiva que Monark seja espancado na rua: “é sério”

Thales Martins é um dos fundadores do site "Melhores do Mundo". (Foto: Reprodução)

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O jornalista Thales Martins afirmou, na edição do Podcast MDM publicada nesta quarta-feira (9), que o apresentador Bruno Monteiro Aiub, conhecido como Monark, deveria ser agredido na rua por ter defendido no Flow Podcast a liberdade de criação de um partido nazista no Brasil. Thales é um dos fundadores do site "Melhores do Mundo" e autor de livros infantis.

Ao comentar o desempenho da deputada Tabata Amaral (PSB-SP), que também estava no Flow, Thales Martins, conhecido como Ultra, afirmou que não se deveria mais conversar com "pessoas como Monark" e incentivou a agressão ao invés do diálogo. E insistiu que estava falando sério.

"Eu acho que ela [Tabata Amaral] tentou conversar. E eu acho, e eu acho que todos nós aqui achamos o mesmo, que não se deve mais conversar com esse tipo de gente. (...) Eu quero, eu incentivo quem está ouvindo esse podcast, se cruzar com esse cara na rua partir para cima dele, bater nele", afirmou. "Ele tem que apanhar, ele não vai aprender com o que está acontecendo (...). Sério, você sabe qual é a padaria que esse cara frequenta? Vai, come ele na porrada”. De acordo com o artigo 286 do Código Penal, incitar, publicamente, a prática de crime é delito punível com pena de detenção, de três a seis meses, ou multa. A reportagem procurou Thales para esclarecer melhor o que ele quis dizer, mas não encontrou o escritor.

Na terça-feira (8), o procurador-geral Augusto Aras anunciou uma investigação sobre o suposto crime de apologia ao nazismo que teria sido praticado por Monark e pelo deputado federal Kim Kataguiri (DEM/SP), que também estava no programa. No mesmo dia, Monark foi demitido do Flow Podcast e gravou um vídeo em que pediu desculpas pelo comentário, justificando que estava bêbado. Juristas, por outro lado, condenaram as manifestações de Monark, mas acreditam que elas não se enquadrariam no crime de apologia do nazismo. Seriam similares à Marcha da Maconha, em que pessoas defendem a descriminalização de algo ilegal, sem fazer apologia ao consumo da droga.

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