Em meio à polêmica sobre a tarifa do transporte coletivo de Curitiba e região metropolitana, os sindicatos que representam os trabalhadores e os empresários acirraram, nesta semana, as negociações coletivas para reajuste dos salários de motoristas e cobradores.
INFOGRÁFICO: Veja o aumento da tarifa nos últimos cinco anos
Ontem, o Sindicato das Empresas de Transporte Público (Setransp) emitiu nota oficial para informar que, de acordo com a última reunião entre as partes, teria ficado decidido que o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) e o Sindeesmat, entidade que representa os funcionários em escritórios e manutenção nas empresas de transporte, analisarão a posição das empresas.
A entidade patronal informou que defende o que consta no contrato de concessão, ou seja, o reajuste baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (INPC) acumulado de janeiro de 2013 a fevereiro de 2014. Esse índice atualizado ainda não foi publicado pelo IBGE.
Além disso, o Setransp disse que recebeu oficialmente a pauta de reivindicações dos trabalhadores e que ela pede um reajuste de 30%. Tal aumento, diz o sindicato, impactaria consideravelmente na tarifa do ônibus, que também deve ser reajustada neste mês.
Em comunicado por vídeo dirigido aos funcionários e publicado no site do Sindimoc, Anderson Teixeira, presidente da entidade, disse que as negociações devem tomar outro rumo a partir desta semana. Isso porque a database de motoristas e cobradores ocorreu no último sábado e, segundo os trabalhadores, não houve avanços significativos nas negociações até aquela data.
Na gravação, Teixeira informou ainda que o Sindimoc irá formular uma ação na Justiça para conseguir não só a database, que já teria sido garantida na DRT (Delegacia Regional do Trabalho), mas também os demais "direitos dos trabalhadores". Uma assembleia geral será convocada para o dia 10 deste mês.
Tarifa
Ontem, Setransp e Urbanização de Curitiba (Urbs) não emitiram novos pronunciamentos sobre a determinação do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCEPR) para que a tarifa técnica (valor repassado às empresas por passageiro transportado) seja reduzida em R$ 0,43. A decisão do tribunal foi comunicada na semana passada, mas deve ser ratificada pelo pleno da instituição em sessão a ser realizada amanhã.
Entretanto, antes mesmo da ratificação da decisão do TCEPR, o vereador Jorge Bernardi (PDT) já anunciou que deverá impetrar uma ação pedindo que as empresas de ônibus e a Urbs devolvam cerca de R$ 300 milhões que teriam sido cobrados dos usuários do sistema por conta dos R$ 0,43 cobrados, teoricamente, a mais na tarifa técnica.
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