São Paulo A Polícia Civil não tem mais dúvidas: o contínuo Cícero Augustinho da Silva, de 60 anos, é a sétima vítima da tragédia nas obras da futura Estação Pinheiros do metrô. Seis corpos já foram encontrados e as buscas devem ser intensificadas na área do desmoronamento. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) reforçou essa tese após ouvir o depoimento de uma testemunha que trabalha no Edifício Passarelli e se encontrou com Cícero na porta do prédio, próximo do local onde se abriu a cratera, poucos minutos antes do acidente.
Além disso, às 14h38 o contínuo fez uma ligação do celular para outro conhecido. O telefonema foi rastreado pela antena da Estação de Radiobase (ERB) da Rua Eugênio de Medeiros, perto do local do acidente. A família agora só tem um desejo: encontrar o corpo para fazer um enterro digno.
A Assessoria de Imprensa do Consórcio Via Amarela, responsável pelas obras da futura Estação Pinheiros do metrô, informou ontem que as buscas ao contínuo se concentram nos escombros da Rua Capri, próximo ao local em que foi encontrado o microônibus.
Ontem, foi firmado o primeiro acordo para pagamento de indenização a uma pessoa morta no desabamento. O acordo beneficia os três filhos dois gêmeos de 11 anos e uma jovem de 18 da bacharel em Direito Valéria Alves Marmit, 37 anos.
Entre as seis vítimas do acidente já localizadas, os parentes de Marmit foram os únicos a utilizar a Defensoria Pública de São Paulo. Os demais têm advogados particulares e, por isso, não há previsão de acordo.
O montante não foi divulgado por questões de segurança e para preservar a privacidade da família, segundo a Secretaria Estadual de Justiça de São Paulo.