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| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

O prazo para a conclusão do inquérito da tragédia na BR-277 – em que seis pessoas morreram quando um caminhão-tanque carregado com 44 litros de álcool bateu e explodiu no dia 3 de julho – vence no dia 11 de setembro. Segundo o delegado Antonio Cesar Pereira dos Santos, de Morretes, a peça que falta agora é uma carta precatória da Delegacia de Concórdia, em Santa Catarina, com as respostas da empresa responsável pelo caminhão.

Caminhão envolvido em acidente com explosão na BR-277 estava a 123 km/h, diz perícia

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O laudo da Polícia Científica confirma a versão apresentada pelo caminhoneiro quando foi detido – de que o veículo apresentava problemas no sistema de freios. A polícia aguarda respostas da empresa responsável pelo caminhão para saber se, como o motorista afirmou, ele realmente tinha avisado um supervisor sobre o defeito. De acordo com o caminhoneiro, esse supervisor afirmou que a situação seria resolvida depois que ele deixasse a carga em Paranaguá.

Santos afirmou que o motorista do caminhão responde em liberdade por homicídio com dolo eventual. Ele não acredita que o homem volte a ser detido, uma vez que não tinha antecedentes criminais e possui residência fixa.

Laudo

Laudo da Polícia Científica divulgado nesta terça-feira (30) aponta que o veículo estava entre 123 km/h no momento da colisão - o dobro da velocidade permitida -, e que o caminhão apresentava defeito no sistema de freios.

O perito Lawrence Ferreira Cordeiro, que fez o exame do local do acidente, que ocorreu no dia 3 de julho, explicou que a partir das imagens fornecidas pela concessionária da rodovia foram estabelecidos pontos para determinar a velocidade em que o caminhão estava. Três quilômetros antes do local da colisão – onde o caminhão-tanque bateu contra uma Saveiro e, em seguida, o tanque se soltou e deslizou por cima da mureta e caiu na pista contrária, atingindo os outros 12 veículos – havia uma placa indicando a velocidade máxima de 60 km/h para veículos pesados.

Ainda conforme o perito, os tambores de freio do caminhão estavam azulados, indicando uma sobrecarga no sistema. “Ali você tem um desnível de 800 metros por 26 quilômetros de extensão, então, pela quantidade de movimento, um veículo de aproximadamente 53 toneladas descendo aquele trecho de serra chega lá embaixo com muita energia, que precisa ser dissipada de alguma forma. É o sistema de freios que é sobrecarregado nessa situação”, explicou.

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