Policiais militares do Batalhão Florestal apreenderam neste spabado (10) cerca de 600 quilos de sardinhas no cais do Gradim, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro. O pescado estava em dois barcos que tinham acabado de chegar ao cais. Os pescadores fugiram ao avistarem a viatura da Polícia Militar e ninguém foi preso.

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Segundo o comandante do Batalhão Florestal, tenente-coronel Mário Fernandes, os policiais foram ao local checar uma denúncia anônima de que, mesmo proibida neste período de defeso, a pesca da sardinha continua sendo feita na Baía de Guanabara. Desde o dia 15 de junho - e até o dia 31 deste mês - a sardinha está na época da reprodução e por isso a pesca é considerada predatória.

"O pescador que for pego em flagrante vai responder por crime ambiental e se for condenado pode pegar de um a três anos de prisão, além de pagar multa", explicou. As sardinhas apreendidas foram doadas para duas instituições beneficentes em São Gonçalo.

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No início do mês, agentes da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente do estado apreenderam 4 toneladas de sardinhas em um caminhão estacionado próximo a Centrais de Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro (Ceasa), em Irajá, zona norte do Rio.

Os policiais também localizaram a mercadoria depois de checar uma denúncia sobre a existência do carregamento. Ninguém foi preso. Como estavam em boas condições para o consumo, as sardinhas foram doadas para creches de comunidades carentes em Irajá.

De acordo com informações da Secretaria Estadual de Agricultura, a sardinha é o peixe mais abundante no litoral fluminense, chegando a 19 mil toneladas por ano - o que representa quase 30% da produção de pescado no Rio de Janeiro. O preço também é um dos melhores, com o quilo variando de R$ 3,00 a R$ 4,00.

Além do alto valor de proteínas, a sardinha foi considerada pelos cientistas como uma das espécies com significativas concentrações de ômega 3 - um superalimento fundamental para o bom funcionamento do cérebro, coração e sistema imunológico.