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O delegado Edno Ribeiro, da Polícia Civil de Alagoas, disse nesta quarta-feira (21) que vai convocar os ex-coroinhas - Fabiano da Silva, 20 anos, Cícero Flávio, 22 anos, e Anderson Marcelo, 21 anos - para depor no inquérito em que são acusados de tentativa de extorsão. A denúncia foi feita pelo monsenhor Luiz Marques Barbosa, que cumpre prisão domiciliar acusado de abuso sexual de menores. De acordo com o monsenhor, os jovens teriam usado um vídeo para extorquí-lo. Já os ex-coroinhas dizem que fizeram o vídeo para ter uma prova contra o religioso.

O vídeo foi exibido na audiência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia, no domingo, no Fórum da Justiça Estadual, em Arapiraca, a 146 quilômetros de Maceió. Antes de mandar exibir as imagens, onde o monsenhor aparece nu durante relações sexuais com Fabiano da Silva, enquanto Cícero Flávio filmava tudo, o senador Magno Malta, presidente da CPI da Pedofilia, mandou retirar as crianças e os adolescentes do auditório lotado. As imagens deixaram chocadas as pessoas que assistiam à audiência. Algumas pessoas coloraram as mãos nos olhos para não ver as imagens.

"O inquérito foi aberto exclusivamente para apurar se o vídeo foi feito para extorquir dinheiro dos padres ou se era uma denúncia que sofreu pressão para não ser divulgada", afirmou Edno Ribeiro. Para ele, um crime não pode encobrir o outro. "A denúncia de pedofilia está sendo investigada pelas delegadas Barbara Arraes e Maria Angelita, eu estou investigando apenas a denúncia de extorsão", explicou, acrescentando que ainda é muito cedo para dizer se houve intenção ou não dos ex-coroinhas de ganhar dinheiro com o vídeo.

"Vamos ouvir os acusados e os acusadores, além de ter acesso a documentação produzida pelas delegadas e pela CPI da Pedofilia, para só então começar a trabalhar na conclusão do inquérito", afirmou o delegado. Ribeiro disse também já está de posse da cópia do documento produzido pelo advogado Daniel Fernandes, oferecendo R$ 32.250 aos ex-coroinhas para que eles não divulgassem o vídeo. Para o delegado, esse contrato, assinado pelo monsenhor Barbosa e os ex-coroinhas, é o principal documento da tentativa de extorsão.

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