Policiais da Delegacia de Homicídios foram neste sábado (27) a dois endereços onde poderiam encontrar o empresário Pedro Maia Schimitt, organizador da festa rave em que o policial federal Humberto José Figueira Barrense foi morto, no último dia 14, na Marina da Glória.
O empresário teve sua prisão decretada na sexta-feira (26) pelo juiz Fábio Uchôa Montenegro, da 1ª Vara Criminal do Rio.
Os policiais estiveram na casa e no local de trabalho do organizador da festa. Em nenhum deles o empresário foi encontrado. Os investigadores esperam que ele possa se entregar a qualquer momento, mas continuam as buscas.
Na sentença da última sexta, o juiz também negou o pedido de liberdade provisória do agente federal Leonardo Schimitt, irmão de Pedro, e autor dos disparos que mataram Humberto.
Os irmãos são acusados de homicídio qualificado por motivo fútil. O Ministério Público ainda denunciou outras duas pessoas que trabalhavam na festa, a promotora do evento e o técnico de informática, que teria apagado as imagens do circuito de segurança.
Técnico teria apagado cena do crime
Segundo a investigação do MP, o técnico teria apagado as cenas do crime a pedido da promotora do evento. Os dois foram incursos no crime de fraude processual.
"A prisão preventiva de Leonardo e Pedro é conveniente à instrução criminal, pois além trazer maior segurança às testemunhas dos fatos, há notícia nos autos de que pessoas ligadas a eles procuraram apagar as imagens de vídeo da cena do crime, interferindo na produção da prova, o que vem demonstrar que os acusados em liberdade poderão continuar amedrontando pessoas e interferindo negativamente nas testemunhas que serão ouvidas, prejudicando a colheita da prova", justificou o juiz Fábio Uchoa, em sua sentença.
Policial diz que defendia procurador
Em depoimento, Leonardo Schimitt apresentou versões diferentes para o assassinato e alegou que o crime ocorreu quando ele defendia um procurador de Justiça.
Primeiro, Leonardo declarou à Polícia Federal do Amazonas, onde trabalha, que um homem aparentemente embriagado estaria causando tumulto na festa e teria chegado a desacatar o procurador de Justiça Márcio Mothé. Disse ainda que teria tentado tranquilizá-lo, mas o homem teria sacado uma pistola e, em legítima defesa, foi obrigado a baleá-lo. Só depois, segundo ele, descobriu que se tratava de outro agente federal.
No entanto, no depoimento à Polícia Civil do Rio, feito horas depois, além de não citar o episódio envolvendo o procurador de Justiça, Leonardo afirmou que chegou a se identificar como colega de trabalho de Humberto, que tinha se envolvido em tumultos e estava muito agressivo. E que, em seguida, os dois teriam começado a discutir. Segundo ele, quando percebeu que Humberto estava com a mão numa arma, sacou primeiro e disparou três vezes.
Segundo a namorada de Humberto, Carla Leite, o agente Leonardo apareceu de repente e deu quatro tiros.
Agente confessa crime
Preso, o agente Leonardo Schmidt confessou que fez quatro disparos que mataram Humberto. Segundo o delegado Felipe Ettore, da Delegacia de Homicídios da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, Leonardo foi preso em flagrante e vai responder por homicídio. Ele foi transferido na tarde de domingo (14) para o presídio de Bangu 8, na Zona Oeste.
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