Em assembleia realizada na tarde de ontem, os servidores da Polícia Científica do Paraná aceitaram os novos valores de reajuste salarial propostos pelo governo, mas disseram que desejam negociar e esclarecer dúvidas referentes às gratificações por tempo de serviço. A categoria pretende marcar uma nova reunião com o secretário da Administração do governo, Luiz Eduardo Sebastiani, ainda nesta semana.
Segundo o presidente do Sindicato dos Peritos Oficiais e Auxiliares do Paraná (Sinpoapar), Ciro Pimenta, a nova tabela apresentada pelo governo trouxe valores que foram considerados "razoáveis" pela categoria. "Além de melhorarem a proposta anterior, eles apresentaram uma estrutura que também leva em conta o tempo de serviço de cada um", explica Pimenta.
A proposta não foi aceita de forma definitiva porque a categoria ainda tem dúvidas sobre a forma como cada funcionário será enquadrado nessa tabela. "A proposta apresenta uma coluna para o tempo de contribuição, com reajustes para quem tem 5, 10, 15 e 20 anos de trabalho, mas não sabemos como vai ficar a condição dos funcionários que têm, por exemplo, oito anos de serviço", diz.
Os valores apresentados à Polícia Científica não foram divulgados a pedido do governo, de acordo com Sinpoapar. Ao sindicato, o governo prometeu que anunciaria a nova proposta de reajuste para as polícias Científica, Civil e Militar ainda ontem, mas até as 19h45 não havia um posicionamento oficial em relação aos novos valores.
O secretário Luiz Eduardo Sebastiani considerou produtivo o encontro realizado com representantes da Polícia Científica e garantiu, em entrevista concedida à Agência Estadual de Notícias, órgão oficial de comunicação do governo do estado, que "a proposta apresentada garante importante evolução das carreiras". A reportagem da Gazeta do Povo tentou contato por telefone com o secretário na noite de ontem, mas as ligações não foram atendidas.