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O Paraná tem o material genético (DNA) de cerca de 100 pedófilos e autores de crimes de violência sexual, colhidos a partir de crimes acontecidos nos últimos cinco anos. Segundo o secretário de Estado da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, o estado possui dois laboratórios de DNA usados para auxiliar nas investigações criminais, um deles doado pelo governo federal. Ontem, ele afirmou numa entrevista coletiva que o estado adquiriu know how, porque é um dos pioneiros na área. "A nossa criminalística já produz este tipo de análise há muitos anos. Já o banco de DNA dos pedófilos e autores de crime de violência sexual é um plus que pode a qualquer momento ser confrontado."

Delazari explicou que o banco é alimentado com a prisão de criminosos que são submetidos ao teste de DNA. Nesses casos, uma amostra é colhida e separada para análise sempre que houver novas suspeitas. "No caso Rachel (o assassinato de Rachel Maria Lobo de Oliveira Genofre, 9 anos), a primeira providência tomada foi a checagem deste banco de dados. Por isso que se descartou num primeiro momento a participação dos pedófilos e estupradores que estão no banco de dados", informou.

O secretário lembrou que na seqüência surgiu o suspeito preso em Itajaí (SC) – ex-presidiário Jorge Luiz Pedroso Cunha. "Ele é pedófilo, estava foragido e o retrato-falado era muito semelhante à sua fisionomia. A prisão aconteceu rapidamente, logo após a divulgação do retrato-falado. Mas o exame de DNA descartou a possibilidade de sua participação. Isto porque existe a coleta de resquícios de DNA encontrados no corpo da Rachel. Pelos menos ele não é o autor da relação sexual. Isto já está descartado", disse.

Dezalari afirmou ainda que a elucidação do caso Rachel é um desafio para a polícia, e que tudo está sendo feito neste sentido. No futuro, será impossível a polícia trabalhar sem o exame de DNA. O ideal seria ter um banco nacional", disse.

No Paraná, o banco de dados genéticos dos pedófilos, estupradores e outros acusados de crimes sexuais fica no Laboratório de Genética Molecular Forense, instalado no Instituto de Criminalística (IC) do Paraná.

USP

O secretário informou que o Paraná tem um convênio com a Universidade de São Paulo (USP), chamado Caminhos da Liberdade. Assim, a USP fica com o material genético colhido de parentes das crianças desaparecidas e pode confrontá-lo com o DNA das que são encontradas pelo Brasil afora.

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