Os policiais civis acusados de quebra de hierarquia no caso da mansão-cassino, ocorrido no bairro Parolin, em Curitiba, no ano de 2012, foram absolvidos da acusação em julgamento realizado na tarde desta terça-feira (25) pelo Conselho da Polícia Civil. Com isso, eles estão livres das acusações que vinham sofrendo dentro da instituição, segundo um dos advogados que realizou a defesa dos policiais.
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Ao todo, nove membros da instituição eram acusados de quebra de hierarquia, pois teriam realizado a prisão de três pessoas e apreensão de 40 máquinas caça-níqueis sem a supervisão de um delegado. Porém, segundo o advogado Elias Amaral, que defende quatro dos nove policiais que participaram da operação, o conselho absolveu todos os investigadores. “Foi comprovado estrito cumprimento do dever legal desses profissionais”, diz.
Com a absolvição, segundo Amaral, os policiais retornam para a lista de promoção da instituição. “Eles ficaram durante três anos impedidos de ascender na carreira por causa da acusação. Se fossem condenados, pegariam uma suspensão dentro da Polícia Civil e ficariam um período ainda maior fora dessa lista”, explica. De acordo com o advogado, não cabem recursos dentro da instituição.
O presidente do Sindicato dos Investigadores do Paraná (Sipol) defendeu a ação dentro da mansão-cassino e diz que a ação dos policiais foi “digna de elogio”. “Eles estavam em dever de ofício e agiram de acordo com a lei”, afirma.
A Polícia Civil confirmou à reportagem, via assessoria de imprensa, que “embora a ação dos policiais na época não foi previamente organizada e ocorreu sem a coordenação de uma delegacia, como ocorreram prisões de contraventores, o conselho entendeu pela não condenação dos mesmos”. O departamento disse ainda que os investigadores estão livres de qualquer acusação dentro do órgão.
Investigação
No caso conhecido como mansão-cassino, uma propriedade de luxo foi invadida por policiais civis em janeiro de 2012 no bairro Parolin, em Curitiba, durante uma investigação sobre uso do local para a realização de jogos de azar. Na ocasião, três pessoas foram presas e 40 máquinas caça-níqueis foram apreendidas. Na época, o comando da Polícia Civil considerou a ação policial como um ato de milícia.
Durante investigações realizadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), departamento ligado ao Ministério Público do Paraná (MP-PR), o ex-delegado-geral da Polícia Civil, Marcus Vinícius Michelotto, chegou a ser preso em operação do órgão, por suposto envolvimento no caso da mansão. Quase um ano após ser preso, foram suspensas as funções de Michelotto e outros sete policiais, após ação movida pelo MP-PR.