Polícia Civil ainda não tem a identificação dos autores de duas mortes na UPS do Uberaba

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A Polícia Civil não identificou com precisão os autores de dois assassinatos ocorridos no bairro Uberaba tadlink href="1229015">desde a instalação da Unidade Paraná Seguro (UPS), projeto de policiamento comunitário inspirado no modelo da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Rio de Janeiro. O primeiro homicídio nas comunidades atingidas pelo programa aconteceu há mais de um mês. No dia 10 de março, Sérgio Pereira, de 38 anos, foi executado com três tiros, na Vila Icaraí. Nesta segunda (16), aconteceu o segundo registro. Wilson Vanderlei Pinheiro, de 20 anos, foi encontrado morto com sete tiros na Vila União.

Os dois assassinatos estão sendo investigados pela Delegacia de Homicídios (DH) de Curitiba. O delegado adjunto da especializada, Cristiano Quintas dos Santos, admitiu uma grande dificuldade de conseguir informações na região. Ele é responsável pela investigação da morte de Pereira. Porém, neste segundo caso já houve um progresso na relação da população local com a polícia. "Pelo que percebi houve mais disposição para ajudar a polícia."

Segundo ele, o trabalho de investigação apontou dois supostos autores dos tiros contra Pereira, mas nada de concreto até agora. Já haveria até a possibilidade de identificar um possível mandante do crime. "Estamos trabalhando ainda. Uma das hipóteses é o controle do tráfico de drogas." A vítima foi atingida com três tiros quando chegava em casa, na Quadra 6 da Rua 8.

Atentado

Já a morte de Pinheiro nesta semana pode ser explicada com o auxílio da Delegacia de São José dos Pinhais, cidade da região metropolitana e vizinha a área da UPS do Uberaba. Isso porque, o jovem assassinado com sete tiros havia sofrido um atentado em 2011. No dia 27 de novembro, o rapaz recebeu 14 disparos de arma de fogo em um posto de combustível da cidade. Ele sobreviveu após ficar 13 dias em coma e permanecer no hospital internado por mais de um mês.

O delegado titular da DH, Rubens Recalcatti, disse que já solicitou detalhes da investigação sobre o atentado a delegacia de São José dos Pinhais, uma vez que existe a suspeita que os mesmos homens que atiraram contra Pinheiro no ano passado tenham assassinado o rapaz agora. "Estamos aguardando as informações", comentou. Segundo ele, já dois supostos nomes dos atiradores, mas nada confirmado até agora.

Pinheiro foi encontrado dentro de um veículo Uno na Rua Pedro Trevisan por volta das 11 horas desta segunda. Os tiros atingiram Pinheiro na cabeça, nas costas e nas mãos. Ele morava em São José dos Pinhais e foi visitar a namorada, quando teria sido abordado e atingido pelos disparos em frente a residência dela.