A Delegacia de Delitos de Trânsito começou a ouvir ontem as cinco testemunhas do acidente que matou a advogada Alessandra Ferreira Martins nesse fim de semana. O inquérito tenta apurar se a colisão foi culpa da própria advogada, que voltava de moto para casa, ou do motorista do carro que colidiu com ela, um Ecosport. Alessandra morreu na hora, com múltiplas fraturas e traumatismo craniano. Desde ontem, a UniBrasil, universidade em que ela dava aulas, e o escritório de advocacia em que trabalhava vêm publicando anúncios na imprensa em homenagem a Alessandra e pedindo que sejam averiguadas as circunstâncias da morte.
O acidente aconteceu por volta de 3h30 de sábado. Alessandra voltava da casa do namorado para o apartamento em que morava com os pais e com a irmã, na Avenida Visconde de Guarapuava. Ia pela Alameda Doutor Muricy e iria passar pela Rua Cruz Machado, no Centro. No cruzamento, foi atingida pelo automóvel, que era dirigido por Daniel Groth, 22 anos. O choque foi violento: a moto parou a mais de 20 metros do ponto de colisão, de acordo com as informações da Polícia Militar. As fraturas desfiguraram o rosto da advogada.
A Polícia Militar chegou ao local logo em seguida. Ouviu cinco testemunhas, fez o registro da ocorrência. Segundo o croqui feito pelos policiais, a marca deixada pela freada do automóvel tinha 23 metros de extensão, o que poderia indicar que o motorista vinha em alta velocidade. No entanto, segundo os testemunhos, Daniel estaria com sinal verde para passar pelo cruzamento.
Segundo o delegado responsável pela apuração dos fatos, Armando Braga Morais, titular da Delegacia de Delitos de Trânsito, apenas uma testemunha ouvida pela PM já prestou depoimento no inquérito. De acordo com ele, porém, em suas declarações no local do acidente, as testemunhas afirmaram que Alessandra, embora estivesse em baixa velocidade, foi quem cruzou o sinal vermelho.
A família de Alessandra afirma que a advogada era muito cuidadosa quando pilotava a moto. "Se mais alguém viu a cena, gostaríamos que a pessoa se apresentasse para ajudar a explicar o que aconteceu", afirma Juliana, irmã de Alessandra.
A reportagem não conseguiu contato com Daniel. O rapaz não fugiu do local do acidente. Chegou a ser detido no momento do acidente. Segundo o teste de bafômetro realizado na hora, tinha uma pequena quantidade de álcool no sangue. A quantidade apurada, de 0.14 miligramas, é bem menor do que a permitida pelo Código Brasileiro de Trânsito, e não é suficiente para mudar os reflexos do motorista. Daniel pagou a fiança estabelecida pela Polícia Civil e está em liberdade aguardando o resultado do inquérito.
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