A Polícia Civil de São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, começa a ouvir nesta terça-feira (16) os moradores que foram detidos na operação da Polícia Militar que invadiu uma festa de aniversário e deixou 15 feridos na madrugada de domingo (14) no bairro de Quissisana. Segundo o chefe de investigação, Roberto Miranda, eles serão encaminhados para exame de corpo de delito para que possa comprovar os abusos da PM.
A confusão ocorreu na madrugada de domingo (14). De acordo com informações de pessoas que estavam na festa, os policiais teriam usado bombas de efeito moral, espingardas calibre 12, balas de borracha e cassetetes para acabar com a festa de aniversário.
Para entrar na residência, eles teriam quebrado um portão de madeira e, com as ripas, passaram a agredir os convidados dos aniversariantes. Cerca 30 pessoas estavam na festa, das quais pelo menos 15 foram agredidas. Ainda segundo as testemunhas, mulheres e crianças também foram vítimas de violência e ameaças.
O motivo da confusão seria o som alto da festa. A Polícia Militar informou que houve vários registros de vizinhos naquele dia, todos reclamando de perturbação de sossego na Vila Quissisana. Os policiais teriam entrado na casa depois que um dos participantes da festa atirou um tijolo contra o veículo da polícia. Segundo a Delegacia de São José dos Pinhais, as pessoas detidas na confusão serão investigadas por desacato à autoridade e danos ao patrimônio público.
A informação inicial era de que uma pessoa encontrava-se em estado de coma no Pronto Socorro de São José dos Pinhais. A informação foi desmentida segunda-feira (15) pela assessoria do hospital, que afirmou que o paciente passa bem.
Os oito moradores que foram detidos na operação foram liberados na manhã de segunda-feira (15).
A Polícia Militar anunciou também na segunda-feira (15) que abriu um Inquérito Policial Militar para investigar possíveis abusos na operação.
