A Polícia Civil realizou nesta quarta-feira (30) uma operação para combater a exploração de jogos de azar em Curitiba. Foram cumpridos 51 mandados de busca e apreensão em pontos onde ocorreria a contravenção, incluindo um casarão no bairro Prado Velho - apelidado de "Fortaleza". Nesse local ocorreria a apuração do Jogo do Bicho na capital, segundo a polícia. Ao todo, em diversos pontos da cidade, foram flagradas cerca de 70 pessoas. Todos foram encaminhados à delegacia e liberados em seguida.
A investigação que culminou com a operação, batizada de Madagascar, foi iniciada há três meses e foi executada pelo Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce). Ela incluiu o monitoramento dos lugares onde ocorreria a prática e também a realização de escutas telefônicas, feitas com autorização da Justiça.
O início da deflagração da operação, às 11 horas desta quarta-feira (30), foi escolhido pois, segundo a investigação, esse seria o horário no qual as motocicletas passam nos pontos para recolher a primeira apuração do Jogo do Bicho. Os envolvidos nas suspeitas foram encaminhados para a sede do Nurce e foram ouvidos e liberados. Também foram encaminhadas as máquinas apreendidas durante a operação e pelo menos R$ 150 mil em dinheiro. O objetivo, segundo a Polícia Civil, é chegar aos chefes do jogo do bicho e agora as investigações continuam.
Segundo a Polícia Civil, a Madagascar envolveu cerca de 170 homens da polícia de oito unidades da corporação, além do Grupo Tigre. Conforme policiais do Nurce, as investigações da Madagascar continuam e podem culminar em novas prisões. A reportagem tentou entrar em contato com o delegado Robson Barreto, mas os policiais do Nurce disseram que ele estava ocupado e não poderia conversar sobre o assunto.
Contravenção penal
A prática de jogo do bicho, o qual se enquadra num jogo de azar, é ilegal e a pena está prevista na Lei das Contravenções Penais. O Art. 50 do texto prevê prisão simples contra a prática, com pena de três meses a um ano de prisão, mais multa. Caso várias pessoas estejam envolvidas na contravenção e seja comprovado ligação entre elas, o grupo estará sujeito ao crime de formação de quadrilha associação de três ou mais pessoas para a prática criminosa, conforme o Art. 288 do Código Penal com pena de um a três anos de prisão aumentada até a metade se houver participação de criança ou adolescente.
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