A Polícia Civil do Paraná pode aprovar hoje à noite o indicativo de greve na capital. Os ânimos da classe foram inflamados após os policiais ficarem sem uma proposta de nova tabela salarial, na tarde de ontem. O presidente do Sindicato das Classes Policiais Civis (Sinclapol), André Gutierrez, saiu de mãos abanando da Secretaria de Estado da Administração e Previdência (Seap), onde esperava receber uma nova proposta salarial para apresentar aos agentes durante assembleia que ocorrerá hoje à noite em Curitiba.
"Provavelmente a categoria vai para o confronto. Deve sair um indicativo de greve", disse. Depois da assembleia em Curitiba, Londrina deve fazer outra na próxima quinta-feira. Apesar disso, policiais civis de várias partes do estado planejam participar da decisão na capital.
A única notícia dada pelo governo à classe, segundo Gutierrez, foi o adiantamento para 1.º de março no envio à Assembleia Legislativa da mensagem que regulamenta a emenda 29. A previsão inical era encaminhar o texto no dia 15. Claramente decepcionado com a postura do governo, Gutierrez afirmou que o próprio estado se comprometeu a entregar a proposta de nova tabela salarial na tarde de hoje. "Foi um desrespeito protelar essa data", ressaltou.
Para o presidente do Sindicato dos Investigadores do Paraná (Sipol), Roberto Ramires, o clima entre os policiais civis está quente. Ramires informou que os policiais, escrivães e papiloscopistas também encamparam a manifestação que a Polícia Militar fará amanhã em São José dos Pinhais e em Curitiba.
Segundo a assessoria de imprensa do governo estadual, Beto Richa não ficou satisfeito com uma proposta inicial de aumento salarial aos policiais e determinou que haja "avanços consistentes". Richa participou de uma reunião na manhã de ontem com representantes que estudam as propostas dos policiais. "Vamos fazer todo o esforço possível para valorizar os nossos policiais, mas respeitando os limites legais, orçamentários e financeiros do Estado", afirmou.
Polícia Militar
Hoje os policiais militares fazem mais um ato de manifestação pela implantação do subsídio no Paraná e melhorias salariais para a classe. Eles devem sair em carreata do Parque Municipal São José dos Pinhais, na região metropolitana, rumo à Praça Nossa Senhora de Salette, na frente do Palácio Iguaçu. Eles definiram a ação em reunião na segunda-feira após não receberem nenhuma proposta salarial. De acordo com o subtenente Alcino Fogaça, os policiais querem mostrar à população a importância da implantação do subsídio. "O objetivo vai ser a conscientização da sociedade. Não temos a intenção de greve na PM", afirma. No fim da carreata, os policiais devem fazer a vigília das 20 às 22 horas com velas acesas em frente ao Palácio Iguaçu.
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