Guardas também protestam em Curitiba
Os guardas municipais de Curitiba retornam às atividades normais hoje, depois de uma paralisação de 24 horas pedindo melhores condições de trabalho. Representantes dos guardas se reuniram com o secretário de Recursos Humanos da prefeitura, Paulo Schmidt, e com o superintendente da Secretaria da Defesa Social, Renê Vitek. Os guardas reivindicaram aumentos salariais. No dia 2 de dezembro, uma assembleia vai decidir se a categoria entra em greve. Os guardas também reclamam da falta de segurança no trabalho. Ontem, eles levaram caixões à prefeitura, simbolizando quatro colegas mortos neste ano.
A prefeitura afirma que a reunião discutiu apenas o salário. A explicação dada aos servidores é que a crise econômica causou queda na arrecadação e, com isso, não há como dar reajuste agora.
Adriano Kotsan
Policiais civis de todo o Paraná paralisam os trabalhos hoje para protestar por melhorias salariais e de trabalho. Das 8 às 18 horas, apenas 30% do efetivo da Polícia Civil atenderá o público nas delegacias. A paralisação é organizada pelas três principais entidades da classe no estado: Sindicato das Classes Policiais Civis do Paraná (Sinclapol), Sindicato dos Policiais Civis de Londrina e Região (Sindipol) e União da Polícia Civil do Paraná.
Às 14 horas, os policiais farão um ato em frente das delegacias para esclarecer a população sobre as condições de trabalho dos policiais. No mesmo horário, haverá uma caminhada no Centro Cívico com carro de som. Os policiais passarão pela Assembleia Legislativa e pelo Palácio das Araucárias, atual sede do governo do estado. Durante a manifestação no Centro Cívico também será definida a data da assembleia para consultar a classe sobre a possibilidade de greve. Há duas semanas os policiais civis já estão em indicativo de greve.
O presidente do Sinclapol, André Luiz Gutierrez, informa que na manifestação no Centro Cívico serão apresentados números sobre a segurança pública no estado que não condizem com o que o governo vem apresentando. "A Secretaria de Segurança Pública apresenta números satisfatórios, mas o volume de ocorrências é tão grande que a polícia não consegue nem abrir inquéritos para a maioria. Só na última sexta-feira foram cem boletins de ocorrência na Delegacia de Furtos e Roubos. Falta evetivo", argumenta. Estimativa das entidades policiais aponta para a necessidade de se dobrar o efetivo de 3,5 mil policiais civis no Paraná.
Na questão salarial a reivindicação é de reposição das perdas e isonomia salarial com a Polícia Militar. "A PM teve reposição de 217% no governo Requião, enquanto que a Civil teve apenas 51%", argumenta Gutierrez.
A manifestação também vai exigir mais estrutura de trabalho para os policiais. A principal reclamação nesse quesito é relativa à superlotação de presos nos distritos. "Preso não tem que ficar na delegacia, tem que ir para o sistema penitenciário. Do contrário, o policial deixa de ir para rua investigar para ficar cuidando da carceragem", argumenta o presidente do Sinclapol.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública preferiu não se pronunciar sobre a paralisação.
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