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A falta de gasolina atinge as viaturas da Polícia Civil em Curitiba. O problema pode paralisar diligências de investigações, agravando o problema crônico da falta de solução de crimes no estado.

Investigadores que já deixam de apurar casos em razão da superlotação carcerária podem também ficar sem combustível nas viaturas.

A Gazeta do Povo teve acesso a um ofício encaminhado nesta quinta-feira (27) aos delegados de Polícia Civil. Segundo o documento, há apenas álcool para abastecer os carros. O problema da falta de combustível para as viaturas tem se tornado comum desde o final do ano passado.

"Informo a Vossas Excelências que o Setor de Combustível da Capital alerta não dispor, momentaneamente, de Gasolina para abastecimento das viaturas, mas apenas Etanol", consta do documento.

Em novembro do ano passado, as primeiras informações sobre a falta de combustível começaram a ser divulgadas pelos próprios policiais militares que receavam não ter como atender as ocorrências. Em várias cidades, soldados foram vistos e fotografados tendo que empurrar viaturas. Há meses o governo do estado tem tido dificuldade em pagar fornecedores. Nesta semana, os cães da Polícia Militar tiveram comida racionada e os policiais do Quartel-Geral da PM também tiveram alimentação suspensa pela falta de pagamento do fornecedor do refeitório.

Outro lado

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Secretaria da Segurança Pública do Paraná (Sesp) disse que não há falta de gasolina, mas há uma orientação para que as equipes priorizem o uso de etanol no abastecimento das viaturas. Não há carros da Polícia Civil parados em função da falta de combustível, segundo a secretaria. Desde a semana passada, o titular da Sesp é o chefe de gabinete Walter Gonçalves, que assumiu interinamente no lugar do procurador de Justiça Cid Vasques.

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