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Somente na semana que vem a polícia de Guarujá começa a ouvir os familiares da estudante Daniela Magela de Oliveira, de 17 anos. A estudante paulistana morreu na tarde de quinta-feira na praia da Enseada (Guarujá), após o jet ski que pilotava bater em outra embarcação, comandada por um militar, que também não possuía habilitação.

A jovem sofreu traumatismo craniano e, mesmo tendo sido socorrida rapidamente pelos bombeiros, quando foi levada ao Hospital Santo Amaro, não resistiu aos ferimentos. De acordo com o delegado Carlos Schneider, responsável pelo inquérito instaurado para apurar as responsabilidades no caso, além de familiares da vítima, o militar do Exército, Ricardo Augusto dos Santos, de 28 anos, que pilotava a outra embarcação, também será ouvido. Ele foi indiciado por homicídio culposo - sem intenção de matar. Após pagar fiança de R$ 700,00, foi liberado na madrugada de sexta-feira e deverá responder ao inquérito em liberdade. Outras testemunhas também serão ouvidas.

As primeiras informações dão conta que o jet ski teria sido alugado pelo valor de R$ 120,00 (meia hora) por Sofia de Oliveira Costa, que é maior de idade e que assinou o termo de responsabilidade, garantindo ter habilitação para pilotar o equipamento.

Segundo informou o advogado Gilberto Venâncio Alves, representante do piloto da outra embarcação que se chocou com o jet ski de Daniela, o militar ainda não tinha habilitação, mas já havia feito a prova para obter o documento de arrais amador. "Meu cliente estava praticamente parado, no momento da colisão, e ajudou muito no socorro da vítima", afirmou.

A Capitania dos Portos do Estado de São Paulo também está investigando o caso.

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