A Polícia Civil de Minas Gerais afirmou nesta sexta-feira (17) que pedirá o arquivamento do inquérito sobre o ataque de um homem armado à apresentadora Ana Hickmann em um hotel de Belo Horizonte. A investigação, que foi concluída e será encaminhada à Justiça na segunda-feira (20), aponta que o fã que entrou no quarto da apresentadora com uma arma, Rodrigo de Pádua, de 30 anos, tinha a intenção de matar.
Também afirma que a reação do cunhado de Ana Hickmann, Gustavo Belo, que entrou em luta corporal com Pádua e atirou em sua cabeça, foi de legítima defesa. O fã morreu no local. “Eles estavam lutando pela vida”, disse o delegado Flávio Grossi, responsável pelo caso. O episódio aconteceu em 21 de maio.
Pádua se hospedou no hotel Caesar Business, um 4 estrelas de um bairro nobre da capital mineira, onde a apresentadora também estava. Ana Hickmann tinha ido a Belo Horizonte para lançar uma coleção de roupas de sua marca.
O homem, armado com um revólver calibre 38, rendeu Gustavo Belo no corredor para forçá-lo a entrar no quarto em que Ana Hickmann e a assessora, Giovana Alves, estavam.
Segundo a investigação policial, a assessora levou um tiro que atravessou o seu braço, entrou no abdômen e se alojou no fêmur. Nesse momento, Belo, que é casado com Giovana, pulou em frente ao agressor e segurou o seu braço.
Pádua deu mais um tiro, que atingiu a parede. Depois disso, as apurações apontam que Belo forçou o fã a levar mão que estava com a arma até a nuca e disparou o gatilho três vezes.
Roteiro
A perícia encontrou no celular e um pen drive de Rodrigo de Pádua com cerca de 10.000 fotos, a maioria da apresentadora, além de cartas dirigidas a ela. Não há registros de que Ana Hickmann tenha respondido a alguma.
A polícia também mapeou as últimas buscas do fã na internet e descobriu que ele fez procuras como “Calibre 22 mata ou não”, “Hotel Caesar Business detector de metais” e “acerca do revólver calibre 30 tipos de munição”.
“Foi tudo muito bem articulado. Não foi momentâneo”, afirmou o delegado Grossi. As balas que estavam com Pádua eram mais letais que as comuns.
Em um bilhete que deixou no quarto de hotel, Rodrigo de Pádua também listava o que a polícia acredita que seria um “roteiro” que seguiria caso não conseguisse matar Ana Hickmann no quarto.
A anotação dizia “Esperar Ana no hotel; ir para o showroom; ir para o aeroporto”.
Após a polícia entregar o inquérito, o Ministério Público também terá que apontar à Justiça se pedirá ou não o arquivamento. Não há um prazo para essa decisão.
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