A polícia vai indiciar o jovem Moisés Alves, de 20 anos, como autor do assassinato da garota Bruna Ferreira, 11, encontrada morta na zona rural de Quatro Barras, na região Metropolitana de Curitiba, na última terça-feira (15). Alves, que é primo da vítima, está preso no Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) por homicídio, mas nega o crime. As diligências, no entanto, estão concluídas, e aguardam apenas os laudos periciais.
De acordo com o Cope, ele e Bruna estavam na piscina da chácara em que a família morava, e teriam desaparecido no início da tarde. Cerca de três horas depois, o rapaz teria voltado sozinho à propriedade, apenas de cuecas e sujo de lama, e disse aos familiares que a menina havia sido sequestrada por dois homens, com quem lutou fisicamente. Ao falar à imprensa na manhã desta quarta (16), Alves sustentou a versão de que houve sequestradores, e negou ter feito qualquer mal à prima.
O delegado Cássio Conceição, do Cope, afirma que a polícia já concluiu as investigações. "Não temos dúvida de que ele é o autor do crime. A versão de que teria havido sequestradores não se sustenta". Alves recebeu voz de prisão no momento em que o corpo da garota foi encontrado, na terça.
Indícios
O corpo de Bruna foi encontrado pouco depois das 13h da última terça, em uma cova rasa coberta de lama. O local onde o cadáver foi achado estava a cerca de 700 metros da chácara onde os dois estavam. Já o local em que Alves indicou que teria lutado com os supostos sequestradores, onde foi localizada a bermuda dele, se situava a 2 km da propriedade, e em outra direção, segundo a polícia. "Ele apresenta o argumento dos sequestradores desde o início, mas tudo leva a crer que é o autor do crime", explicou Conceição.
Segundo o delegado, foi encontrada no corpo da vítima uma marca de pancada na cabeça. O ferimento teria sido causado, segundo a polícia, pelo próprio primo, que a teria atingido com uma coronhada de uma espingarda de pressão que foi achada quebrada, ao lado do corpo da menina. O objeto foi levado para perícia.
A polícia também espera o resultado dos exames no cadáver da garota, que passou por necropsia no Instituto Médico Legal (IML), e no corpo do rapaz, que apresentava arranhões nos braços e no peito, segundo o delegado. Conforme o que for revelado nas perícias, ele também poderá ser indiciado por estupro.
O crime
De acordo com a polícia, Bruna e o primo estavam na piscina da chácara onde a família morava durante a tarde, e teriam desaparecido por volta das 14h30. Cerca de três horas depois, o rapaz teria retornado para casa sozinho, sem as bermudas e sujo de lama, especialmente nos braços.
Apenas neste momento, segundo a polícia, a família foi à delegacia de Quatro Barras. "Uma vizinha trouxe a mãe da menina para fazer um Boletim de Ocorrência (BO) no final da tarde, e começamos as buscas por volta das 18h", explica o delegado do município, Wilciomar Voltaire Garcia. Posteriormente, agentes do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) e do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) chegaram ao local para auxiliar nas buscas.
O primo, que alegou ter sido agredido pelos homens que levaram a menina, foi chamado a reconstituir os passos do desaparecimento. Ele indicou um local a cerca de dois quilômetros da propriedade, onde foram encontradas as bermudas que ele usava.
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