Duas rebeliões em carceragens de Campo Mourão e Sarandi, na Região Noroeste do estado, foram contidas ontem pela polícia. A possibilidade de os motins terem algum envolvimento com a onda de ataques em São Paulo foi descartada nos dois casos. Os rebelados serão mantidos nos pátios das delegacias até que os estragos feitos durante os tumultos sejam consertados.
Em Campo Mourão, a rebelião durou quase quatro horas. No início da madrugada de ontem, os 70 presos da ala A da 16.ª Subdivisão Policial iniciaram um motim que resultou na destruição de portas e do sistema de monitoramento interno. Eles queimaram colchões e arrancaram grades. Além da transferência para o solário, os presos tiveram o horário de visita suspenso.
Segundo os policiais, o tumulto começou depois que um detento foi levado para receber atendimento médico. "A saída foi estratégica. Ele queria ver a situação da segurança na delegacia para tentar uma fuga, talvez em massa", comenta o superintendente Job de Freitas. "Como a segurança estava reforçada, eles resolveram se rebelar."
Após tentativas de negociação, uma equipe do Corpo de Bombeiros afastou os detentos de perto das grades com um jato dágua e permitiu o acesso do Pelotão de Choque da Polícia Militar. Dois presos ficaram feridos.
Segundo o delegado Haroldo Vergueiro Davison, os presos não sabiam o que reivindicar. "Eles pediam tratamento de saúde e agilidade nos processos penais, mas diariamente são levados dezenas de detentos para consultas médicas." A cadeia tem 130 presos, mas a capacidade é para 64 pessoas.
Já em Sarandi os presos protestavam contra transferências. "Eles não queriam que três presos fossem removidos para a Penitenciária Estadual de Maringá", explica o superintendente Mário Sérgio Machado. A rebelião começou na manhã de ontem e durou cerca de uma hora.
Os presos ameaçavam matar quem entrasse na carceragem e parentes dos funcionários da delegacia. Parte do encanamento da delegacia foi destruída e o tumulto foi controlado pela Tropa de Choque da Polícia Militar.
Os três presos foram transferidos ontem à tarde. Os policiais revistaram as celas e encontraram 170 gramas de maconha e oito objetos cortantes. A cadeia tem espaço para 40 pessoas, mas vinha abrigando 142 detentos.
Curitiba
Em Curitiba, a atenção dos agentes penitenciários da Casa de Custódia de Curitiba (CCC), na Cidade Industrial, estará redobrada durante o fim de semana. Os presos ameaçam se rebelar amanhã. "Os cuidados estão redobrados pela situação que o país enfrenta", afirma o coronel Honório Bortolini, diretor do Departamento Penitenciário do Paraná, que nega a possibilidade de motim na CCC.
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