A Polícia Civil de Maringá (PR) cumpre na tarde de hoje um mandado de busca no criadouro e na casa do ex-dono do leão Rawell, que foi furtado em Monte Azul Paulista (400 km de São Paulo) anteontem.
O ex-dono é suspeito de ter furtado o animal, segundo a polícia. O animal foi doado ao abrigo há cerca de cinco anos.
Segundo a Polícia Civil de Monte Azul Paulista, um ex-funcionário da ONG disse tê-lo visto rondando o local dias antes do furto. Ele foi intimado para depor na próxima semana.
O leão foi levado do Criadouro Conservacionista São Francisco de Assis.
Imagens feitas pela câmera de uma chácara vizinha, na madrugada em que ocorreu o furto, mostram dois homens caminhando em uma rua que dá acesso ao criadouro. Cerca de 30 minutos depois, as imagens mostram uma caminhonete com uma jaula na carroceria.
A reportagem tentou contato com o ex-dono do leão na tarde deste sábado, mas não foi atendida.
Doação
O médico Oswaldo Garcia Júnior, um dos coordenadores do criadouro, disse que o ex-dono teria doado o leão porque queria trabalhar apenas com a exposição de tigres.
Ainda de acordo com Garcia Júnior, há alguns meses o homem teria procurado a ONG para buscar o animal. Ele seria usado em um comercial de televisão. No entanto, os coordenadores não permitiram que o leão fosse levado.
O animal pesa cerca de 300 quilos, tem nove anos de idade e era alimentado diariamente com aproximadamente cinco quilos de carne por dia.
A principal hipótese é de que ele foi dopado por dardos, tirado do recinto onde ficava, e arrastado até uma jaula em uma carroceria de uma Saveiro, usada durante a ação.
A polícia ainda trabalha na identificação de outras pessoas que possam ter participado do furto.
A Polícia Ambiental também emitiu alerta para todas as bases operacionais de São Paulo.
O criadouro, que tem autorização do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) para funcionar, abriga mais de 250 animais no local, em geral vítimas de maus tratos ou abandono.