Os policiais procuravam delitos ambientais, mas acabaram encontrando um leque muito maior de crimes cometidos pelas pessoas envolvidas na devastação no Sudoeste do estado. Desmanche de carros, porte e venda de armas, tráfico de drogas e até casos de estupro foram identificados nos seis meses de investigação da Polícia Florestal que antecederam a Tolerância Zero. Durante a operação, armas e pássaros silvestres foram apreendidos. "Normalmente, quem se sente inalcançável pela lei para praticar um tipo de crime também age em outras frentes. É sempre um conjunto de ilícitos", conta o delegado da Divisão de Repressão aos Crimes Ambien­tais, Rubens Lopes da Silva. Na região do assentamento, a polícia apura se dez assassinatos ocorridos nos últimos anos na região de Quedas do Iguaçu teriam relação com o conflito madeireiro.

CARREGANDO :)

A operação Tolerância Zero ainda não foi encerrada – algumas ações isoladas serão realizadas até o fim de semana. Antenor Carlos da Motta (PSDB), vereador do município de Três Barras do Paraná, no Oeste do estado, é um dos presos. Entre os foragidos está outro vereador da região. Os detidos foram levados para a delegacia da Polícia Federal em Cascavel, onde prestaram depoimento, e depois encaminhados para espaços provisórios cedidos na Peni­ten­ciária Federal de Catanduvas.

Veja também
  • Desmate sobe em outubro, diz ONG
  • Minc pede atenção à Mata Atlântica
  • MST procura mostrar que não aceita desmatamento
Publicidade