Dois homens acusados de participar de uma quadrilha de estelionato foram apresentados, ontem, na sede da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), em Curitiba. Aparecido Donizeti Tineu, 47 anos, e Carlos Alberto Moraes, 36 anos, foram presos em flagrante em um barracão utilizado como depósito de mercadorias, no bairro Abranches, na semana passada. "Eles já passavam cheques frios havia muito tempo e atuavam em todo o Paraná e em outros estados. São especialistas", conta o delegado titular da DFR, Rubens Recalcatti.

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O bando já era investigado há um mês, depois que um agente policial constatou que uma série de cheques haviam sido clonados e foram utilizados em compras desconhecidas. O golpe só foi descoberto depois que os valores foram debitados em sua conta bancária. A polícia não tem como precisar quantos cheques falsos foram repassados pela quadrilha e nem seus valores, mas agora busca identificar outros estabelecimentos comerciais e pessoas vítimas do grupo.

No local em que Tineu e Moraes foram detidos, diversos documentos roubados e cheques frios foram encontrados. A polícia também apreendeu mercadoria adquirida pelos golpistas, muitos produtos agrícolas comprados em Mafra, Santa Catarina. "Os dois falaram ser fazendeiros, mas eles não focavam uma mercadoria específica", explica Recalcatti. Eles apontaram Jorge Lemek, 35 anos, como o chefe da quadrilha, responsável pelo fornecimento de documentos clonados. Quando os policiais chegaram à residência de Lemek, no bairro Butiatuvinha, em Curitiba, ele havia fugido. Lá, foram localizados mais materiais falsos e roubados.

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Histórico

De acordo com os investigadores, todos têm passagens pela polícia por utilização de documento falso, estelionato, receptação e porte ilegal de armas. "É preciso ter cuidados básicos com talões de cheques: saber o destino do pagamento, não utilizar em pequenos valores e sempre nominar o cheque", alerta o delegado da DRF.