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Esquerda para a direita: Marcelo Rodrigo da Cruz, Valmir Ferreira de Souza e Thiago Felipe Pereira | Foto Thiago Trentini/SESP/divulgação
Esquerda para a direita: Marcelo Rodrigo da Cruz, Valmir Ferreira de Souza e Thiago Felipe Pereira| Foto: Foto Thiago Trentini/SESP/divulgação

Um dos principais acusados de ter comandado a maior chacina de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba (RMC), foi preso pela polícia na madrugada desta terça-feira (28). Marcelo Rodrigo da Cruz, de 25 anos, é suspeito de participar da execução de quatro pessoas e ferir outras duas numa residência localizada na Rua Divalzir Luciano, Jardim Independência, em 3 de outubro. O rapaz foi detido pela polícia dentro de casa no Jardim Jurema. Na chacina, foram assassinados um garoto de 15, uma menina de 11 anos (ambos da mesma família), o ex-presidiário Aldair Ferreira, 38, e a namorada dele, de 15 anos.

Além de Cruz, a polícia prendeu Valmir Ferreira de Souza (não teve idade revelada), acusado de esconder as armas pertencentes à quadrilha que participou da chacina. Com os dois foram apreendidos um colete balístico, similar aos usados pela Polícia Militar, uma escopeta calibre 12 e munição.

Cruz confessou na delegacia ter executado apenas Aldair Ferreira. "Matei porque ele tinha me jurado de morte. Mas só atirei nele", contou à imprensa. Segundo Cruz, outros dois adolescentes que o acompanharam até o local da matança teriam cometido os outros assassinatos. A polícia confirma a versão.

Segundo o delegado Osmar Dechiche, um dos adolescentes, E. M. O., 15 anos, que teriam ajudado Cruz na chacina, foi executado com João Ryston Ferreira, 38, por um grupo rival, supostamente liderado por Thiago Felipe Pereira (não teve idade revelada), que lutava pelo controle do tráfico de drogas em Curitiba e São José. O jovem e Ferreira foram mortos com cerca de 40 tiros durante uma emboscada em Quatros Barras, na RMC. Pereira, principal suspeito da emboscada, foi preso na última sexta-feira (17).

Outro jovem que teria participação na chacina J. A. R., 17 anos, foi morto no último sábado (25) durante um confronto com a polícia, após ter seqüestrado uma família em Curitiba. Ele foi encontrado pela PM dirigindo um carro junto com as vítimas do seqüestro. Houve troca de tiros e o rapaz morreu.

De acordo com o delegado, os crimes foram uma seqüência da chacina e da disputa pelo tráfico de drogas. "Foi uma briga entre criminosos. Um grupo matou integrantes de outro grupo e começaram uma guerra entre eles", disse. Cruz vai responder por formação de quadrilha, porte ilegal de arma, tráfico de drogas e homicídio. Souza vai ser indiciado por porte ilegal de arma e formação de quadrilha. Para Dechiche, a chacina do dia 3 de outubro está solucionada.

Outro caso

O delegado explicou que a resolução desse caso não tem relação com a outra chacina ocorrida no dia 16 de setembro, também em São José. Na ocasião, quando quatro jovens foram mortos no Jardim Alvorada, bairro Guatupê. Morreram dois adolescentes, de 16 e de 17 anos, uma mulher de 19 e um rapaz de 22 anos. Além deles, um outro jovem foi baleado, mas conseguiu sobreviver. A polícia ainda investiga o caso.

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