Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Tragédia em Curitiba

Polícia divulga retrato falado de suspeito do assassinato de Rachel

Suspeito tem mais de 50 anos, olhos claros, pele morena clara, cabelo curto negro ou castanho | Marcelo Elias/Gazeta do Povo
Suspeito tem mais de 50 anos, olhos claros, pele morena clara, cabelo curto negro ou castanho (Foto: Marcelo Elias/Gazeta do Povo)
Estimativa é que ele tenha cerca de 1,68 metro de altura e 70 quilos |

1 de 1

Estimativa é que ele tenha cerca de 1,68 metro de altura e 70 quilos

A Delegacia de Homicídios divulgou, por volta das 11h30 desta sexta-feira (7), o retrato falado de um suspeito do assassinato da menina Rachel Maria Lobo de Oliveira Genofre, de 9 anos. O corpo da menina foi encontrado na madrugada de quarta-feira (5) dentro de uma mala abandonada na rodoviária de Curitiba, com sinais de violência sexual e estrangulamento.

Segundo a polícia, o suspeito tem mais de 50 anos, olhos claros, pele morena clara, cabelo curto negro ou castanho. Os policiais estimam que ele tenha cerca de 1,68 metro de altura e 70 quilos. O desenho segue a descrição feita por um comerciante que vendeu uma mala semelhante àquela em que foi encontrado o corpo da menina na tarde de terça-feira (4), pouco antes do crime ser descoberto.

Em entrevista coletiva, o delegado-titular da Delegacia de Homicídios, Jaime da Luz, disse que a polícia investiga outras pessoas, inclusive de outras regiões do estado, que têm antecedentes criminais em ocorrências semelhantes à da morte de Rachel. Segundo ele, estão sendo ouvidas testemunhas que tinham contato com a menina nas regiões da cidade por onde ela passava.

O delegado encerrou a coletiva informando que a investigação corre sob sigilo e que não pode divulgar mais detalhes sobre o caso.

Segundo o telejornal Paraná TV, a polícia visitou hotéis em busca de lençóis parecidos com o que foi encontrado dentro da mala com o corpo da menina. Também já foram analisadas cerca de 120 horas de imagens gravadas pelas câmeras externas da rodoviária e da área central, próxima ao colégio onde Rachel estudava. O trabalho, porém, não trouxe nenhuma pista para o caso.

O computador que a menina usava para acessar a internet foi periciado, mas os policiais também não teriam encontrado nenhuma informação que ajudasse na investigação.

Nesta sexta-feira, uma mulher procurou a delegacia de homicídios para dizer que fez imagens com um celular dentro da rodoviária na madrugada que o corpo da menina foi encontrado, informou o telejornal.

Na quinta-feira (6), policiais civis disseram à reportagem do telejornal que há dois suspeitos do assassinato, que seriam pessoas que conheciam o trajeto feito pela menina todos os dias entre a escola, no centro da cidade, até a casa dela na Vila Guaíra. A polícia acredita, no entanto, que apenas uma delas tenha cometido o crime.

Crime

Rachel estava desaparecida desde as 17h30 de segunda-feira (3), quando saiu do Instituto de Educação, onde estudava. A menina era filha de uma professora e ia e voltava todos os dias sozinha da Vila Guaíra, onde morava, até a escola, de ônibus. O desaparecimento já estava sendo investigado desde a segunda-feira (3) pelo Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride).

A mala foi encontrada embaixo de uma das escadas do setor de transporte estadual, por uma família indígena, que estava morando no local havia duas semanas. O corpo estava inteiro, ainda com o uniforme do Instituto de Educação e apresentava sinais de estrangulamento. Os médicos do IML confirmaram que a menina sofreu violência sexual.

O crime chocou família, amigos, e pais colegas da menina. Rachel cursava a 4ª série no Instituto de Educação. Filha de pais separados, a menina morava com a mãe e os avós maternos na Vila Guaíra. Em outubro de 2007, quando estava na 3.ª série, ela ganhou o terceiro lugar no 13.º Concurso Infanto-Juvenil de Redação, promovido pela Seção Infantil da Biblioteca Pública do Paraná. Este ano recebeu o primeiro prêmio no mesmo concurso.

O corpo de Rachel foi enterrado por volta das 10h30 desta quinta-feira(6) no Cemitério do Santa Cândida. O sepultamento aconteceu debaixo de muita chuva, acompanhado por mais de 100 pessoas, entre amigos, colegas de escola e familiares. Crianças carregavam faixas em homenagem à menina.

Serviço

Quem tiver informações que possam ajudar nas investigações sobre o assassinato de Rachel pode entrar em contato com a Delegacia de Homicídios pelos telefones 3363-0121 e 3363-1518. A identidade do informante será mantida em sigilo.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.