VIDA E CIDADANIA | 3:51
Homem entrou no estabelecimento e comprou um suco e um isqueiro minutos antes de seis ônibus serem incendiados, em um terreno em frente
A Polícia Civil procura um rapaz que é o principal suspeito de ter ateado fogo em seis ônibus biarticulados na noite de quinta-feira (14), em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. O jovem foi filmado pelas câmeras de segurança de um posto de combustíveis em frente ao local do incêndio, poucos minutos antes do crime. O vídeo foi divulgado nesta sexta-feira (15).
De calça jeans e moletom cinza com capuz, o rapaz entra no estabelecimento por volta das 22 horas, quando o local estava fechado para a troca de turno, segundo o titular da Delegacia de Pinhais, Fábio Amaro. O homem apanha uma lata de suco e, no caixa, pede um isqueiro. Ele paga os produtos, mas permanece no estabelecimento. "A atitude dele é muito suspeita e o segurança pede para ele se retirar", disse o delegado.
Uma funcionária do posto, que preferiu não de identificar, disse que o rapaz parecia estar sob efeito de drogas. "Ele estava muito estranho, falava meio enrolado, parecia que ia fazer alguma coisa", declarou. Ele chegou a discutir com o segurança antes de sair da loja. Segundo a polícia, ele montou na bicicleta dele e seguiu em direção ao terreno onde estavam os ônibus, que fica em frente ao posto. "Testemunhas viram que ele se aproxima do terreno, deixa a bicicleta encostada no muro e pula o muro", disse Amaro. Aproximadamente dois minutos depois de o suspeito sair do estacionamento, o fogo é visto, conforme apurado pela delegacia.
Moradora não viu nada
Deise Aparecida de Oliveira, 48 anos, que mora há 12 anos em uma casa de madeira, no terreno onde estavam os ônibus, conta que não viu nada. Ela trabalha como cobradora para a empresa Expresso Azul, responsável pelos veículos. "Eu estava dormindo porque tenho que acordar às 4 da manhã para trabalhar. A vizinha da minha frente que veio me avisar para tirar meu carro daqui", disse. O filho de Deise, que tem 14 anos, estava no quarto dele, jogando videogame. "Ele não percebeu nada também, sabe como é, eles jogam com volume alto e não notam nada o que acontece em volta". A casa não foi atingida pelo fogo.
A principal hipótese investigada pela polícia é de que o crime tenha sido cometido por vandalismo. "Pode ser que seja uma pessoa insatisfeita com o aumento da passagem de ônibus, talvez um ex-funcionário da empresa ou um ato de vandalismo sem motivo", declarou o delegado. A suspeita de que o fato tenha relação com facção criminosa está descartada para a polícia. "Incêndios causados por facções criminosas acontecem em ônibus em funcionamento. Esses que estavam aqui em Pinhais estavam fora de circulação e iam ser vendidos", completou. Os veículos também não tinham seguro.
Conforme a perícia, o criminoso colocou fogo em um dos ônibus do meio e os demais, estacionados lado a lado, também foram atingidos. Um veículo que estava ao lado, mas um pouco mais distante dos outros, não foi queimado. O responsável pelo delito vai ser indiciado pelo crime de incêndio e dano ao patrimônio público.
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