Dez meses após a reabertura do inquérito que apurou as circunstâncias da morte da mãe do menino Bernardo Boldrini, Odilaine Ugliane, em 2010, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul concluiu que foi suicídio. O resultado do inquérito foi apresentado nesta sexta-feira (8), em Santa Rosa, no norte gaúcho, pelo delegado Marcelo Lech e o diretor do IGP (Instituto Geral de Perícias), Cléber Muller. O pai de Bernardo, o médico Leandro Boldrini, acusado de participar do assassinato do menino, foi inocentado.

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Odilaine morreu há dez anos, no dia 10 de fevereiro, com um tiro na cabeça, dentro do consultório do então marido, na cidade gaúcha de Três Passos. Na ocasião, a polícia da cidade concluiu que a mãe de Bernardo tirou a própria vida após discussão com Leandro.

Depois do assassinato brutal de Bernardo, em 2014, e a prisão de seu pai como participante do crime, a família de Odilaine solicitou a reabertura do caso, levantando uma série de suspeitas. Uma delas dava conta de um suposto seguro de vida além de dúvidas sobre a autoria de um bilhete de despedida.

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Em maio do ano passado, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) determinou a reabertura do inquérito. Segundo o juiz Marcos Luís Agostini, da 1ª Vara Judicial de Três Passos, o objetivo era esclarecer a dúvida que havia em relação à possibilidade de assassinato.

A Chefia de Polícia do Rio Grande do Sul destacou um delegado especialmente para o caso. Após coletar depoimentos de 55 pessoas, realizar exame grafotécnico na carta deixada por Odilaine e exumar seu corpo, peritos e policiais concluíram que, de fato, houve suicídio.

De acordo com o Lech, não foi encontrado nenhum elemento, seja homicídio ou induzimento a prática do suicídio. “Nós verificamos de forma criteriosa, através da realização de diversas oitivas, muitas longas e complexas, e não surgiu nenhum elemento que corroborasse o entendimento de um crime contra a vida.”

Odilaine possuía um histórico de problemas psicológicos e teria atentado contra a própria vida em

outras duas ocasiões. A trajetória da bala que atravessou seu crânio também foi refeita, fazendo com que se chegasse à conclusão que ela mesma puxou o gatilho, naquela tarde de 10 de fevereiro, dentro do consultório de Leandro.

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