Uma ação conjunta da Secretaria de Estado da Segurança Pública, por intermédio das polícias Militar e Civil, e do Ministério Público Estadual, por meio da Promotoria de Justiça de União da Vitória e da Promotoria de Investigação Criminal, resultou na prisão, ontem, de seis auditores fiscais da Receita Estadual do Paraná e um funcionário da Empresa Paranaense de Classificação de Produtos (Claspar). Segundo a Agência Estadual de Notícias, eles são acusados de concussão, prevaricação e formação de quadrilha e foram presos durante a operação Integridade, realizada em União da Vitória, General Carneiro, na Região Sul do estado, e Porto União (SC). Mandados de busca e apreensão também foram cumpridos em Curitiba.

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De acordo com o delegado Agenor Salgado, que coordenou os trabalhos pela Polícia Civil, a quadrilha era investigada havia cerca de seis meses. Segundo denúncias, as vítimas dos auditores eram geralmente motoristas de caminhões e empresas que transportavam cargas com alguma irregularidade. Os auditores paravam os motoristas no posto da Receita Estadual Ariovaldo Huergo em General Carneiro. Se constatavam alguma irregularidade, tentavam extorquir dinheiro dos motoristas, explicou o delegado. Dependendo da empresa, os valores variavam de R$ 300 a R$ 15 mil.

Durante a operação, que começou ao meio-dia de ontem, foram presos: em União da Vitória, Edson Rosa Fernandes; no posto de General Carneiro, Hsu Keng Wei (em flagrante, quando tentava obter pagamento de uma vítima), Luís Carlos Maceno, Genóbio Eduardo Jaime Rivero, José Luís da Silva, Laurito Francisco Lemes e Vilmar Correia de Mello, funcionário da Claspar. Com eles, a polícia apreendeu notas e documentos fiscais, computadores, disquetes, vários documentos relacionados a infrações e diversas armas de fogo, incluindo um revólver calibre 357, de uso proibido, encontrado na casa de Fernandes em Curitiba.

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Segundo o promotor da PIC Cláudio Franco Félix, que participou da operação, a polícia acredita que outras pessoas estejam envolvidas com a quadrilha. Ainda não existe uma estimativa de quanto a quadrilha faturava com os golpes e nem do tempo em que agia no estado. Os presos estão detidos em União da Vitória e aguardam transferência.