A Polícia Civil terminou por volta das 14h de hoje as buscas pelo corpo do ajudante de pedreiro Amarildo Souza, 43, na favela da Rocinha, em São Conrado, zona sul do Rio. Nenhuma pista sobre o seu paradeiro foi encontrada.
O pedreiro está desaparecido desde o dia 14 de julho quando teria sido abordado por policiais da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) local.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Rivaldo Barbosa, da Divisão de Homicídios do Rio, uma testemunha disse que teria visto um homem semelhante a Amarildo sendo levado para um matagal no alto da favela. A suspeita era de que o corpo dele estivesse enterrado próximo a uma pedra, nos arredores de uma represa, na região conhecida como Dionéia.
"Cavamos buracos de dois ou três metros, mas não encontramos nada", disse o delegado.
A polícia trabalha com duas linhas de investigação: do crime ter sido cometido por PMs e da ação do tráfico na comunidade. Até agora, 22 PMs foram ouvidos pela Polícia Civil.
Um gari que teria transportado um corpo da Rocinha para um lixão no Caju na mesma semana do sumiço de Amarildo também prestou depoimento. O delegado não passou informações sobre os depoimentos.
O desaparecimento de Amarildo gerou uma série de protestos no Rio e em outras capitais, como São Paulo, no mês passado.
Segundo a polícia, uma das 80 câmeras instaladas na favela mostram o pedreiro entrando no carro da PM, próximo à rua 2, no interior da comunidade e seguindo para a sede da UPP.
Na noite do dia 14, um domingo, quando Amarildo desapareceu apenas duas câmeras não funcionavam na favela da Rocinha, de acordo com policiais civis. Justamente, as duas instaladas diante da sede da UPP.
A cúpula de segurança do Rio informou no final do mês passado que trabalha com a hipótese de que o pedreiro esteja morto.
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