A Polícia Civil do Rio de Janeiro encerrou, na madrugada deste sábado (9), a reconstituição do tiroteio que terminou com a morte do menino Juan Moraes, de 11 anos, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Os trabalhos de reconstituição no local do crime tiveram início na manhã de ontem e foram divididos em duas etapas.

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No final dos trabalhos, a equipe de peritos e os advogados dos policiais deixaram o local sem falar com a imprensa. O advogado Édson Ferreira, no entanto, afirmou que seus clientes são absolutamente inocentes e que só souberam da morte de Juan pela imprensa.

Apesar da incursão policial na Favela Danon ter ocorrido à noite o diretor da Polícia Técnica, Sérgio Henriques, explicou que, em termos de apresentação de um laudo, fotos em período diurno são importantes. Os quatro policiais envolvidos na operação e que foram afastados pelo Comando Geral da PM, além de outros três que estavam próximos ao local, compareceram na fase noturna da reconstituição.

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A segunda etapa dos trabalhos, que durou quatro horas e só terminou nesta madrugada, contou com a participação de Wanderson dos Santos de Assis, de 19 anos. Amigo do garoto morto, Wanderson também estava no local do tiroteio e foi baleado, assim com o irmão de Juan, Wesley, de 14 anos, que não apareceu. Tanto ele quanto Wanderson, que estava de muletas e encapuzado, estão no Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte.

Juan de Moraes, de 11 anos, desapareceu na noite do dia 20 de junho, durante um confronto entre os PMs do 20º Batalhão e traficantes. Um suspeito foi morto pelos policiais, enquanto que Wanderson e Wesley teriam sido atingidos por balas perdidas. Wesley afirmou que o irmão também havia sido baleado, mas os PMs negaram ter visto o garoto no local.

O corpo de Juan foi encontrado dez dias depois, no Rio Botas, em Belford Roxo, a 18 quilômetros do local onde foi avistado pela última vez. Mas a confirmação de que se tratava mesmo do menino só veio na quarta-feira, 6, após a divulgação do resultado de exames de DNA. Isto porque, inicialmente, uma perita disse que se tratava do corpo de uma menina.