A Polícia Civil encontrou nesta segunda-feira (18) uma faca que pode ser a arma utilizada por quem matou a adolescente Júlia Souza da Silva, 12 anos, encontrada sem vida no dia 14 de agosto em um terreno próximo ao Zoológico de Curitiba. A faca foi encaminhada para exames, que vão mostrar se esta foi a usada no crime.
Conforme o delegado Fábio Amaro, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a faca foi localizada pelos policiais a uma distância de 16 metros do local em que a garota foi encontrada pelos familiares. A arma foi enviada para o Instituto de Criminalística para uma perícia.
"Nós acreditamos que possa ser a mesma faca. Os exames é que vão mostrar se há algum material compatível com a garota e que também esteja na faca", diz o delegado. Em média, o Instituto de Criminalística leva 30 dias para concluir os exames.
Ainda segundo o delegado, se ficar comprovada que esta é a arma do crime, o indício pode ajudar na busca por suspeitos. "Pode ter na faca algum tipo de material digital que tenha sido deixado pelo autor do crime", explica. Até esta terça-feira (19), várias testemunhas foram ouvidas sobre o caso, entre elas professores e diretores do colégio em que a jovem estudava, além de amigos, namorado e ex-namorado, e também os parentes e outras pessoas próximas à garota.
O crime
Júlia foi encontrada morta com pelo menos 12 perfurações causadas por faca no abdome. Ela estava no terreno próximo ao zoológico um dia depois de desaparecer. Além das perfurações no abdome, a garota também tinha traços de ferimentos nos braços. A Polícia Civil pediu exames ao Instituto de Criminalística e ao Instituto Médico Legal (IML) que vão ajudar a esclarecer como pode ter ocorrido o crime e se houve ou não violência sexual.
A jovem de 12 anos foi vista pela última vez por uma vizinha no bairro Ganchinho, em Curitiba, onde morava com a família. Ela estava com o uniforme da escola no início da tarde do dia 13, perto de casa. O corpo foi localizado a três quilômetros de distância da casa em que morava.
Um dos trabalhos que devem ser realizados pela Polícia Civil é a reconstrução dos últimos passos da jovem antes da morte. Para isso, o delegado ouve pessoas próximas, vizinhos, familiares e amigos que possam contar sobre a rotina da jovem e, dessa forma, os policiais possam refazer o último dia dela ainda com vida.