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Policiais civis com ajuda de um posseiro encontraram, no final desta sexta-feira (13), em uma fossa séptica no pátio da casa do caseiro da Escola Estadual Vinicius de Moraes, no bairro Cohapar, em Campo Mourão, na Região Centro-Oeste do Paraná, partes de uma ossada humana.

Os policiais começaram as buscas após o caseiro ligar para o diretor da escola e afirmar que no local havia o corpo de uma adolescente que estava desaparecida há mais de dois anos. A ligação teria ocorrido na noite da última quinta-feira (12). O caseiro fugiu.

Na residência do caseiro e no forro da escola, os policiais encontraram roupas, um celular, documentos e objetos da adolescente.

Da fossa foram retirados partes do crânio, da arcada dentaria, da costela, ossos do braço e roupas. A Polícia civil suspeita que a ossada seja da adolescente desaparecida, e que o caseiro pode estar envolvido no caso.

A Polícia Civil estava investigando o caso havia pelo menos dois anos quando foi registrado o desaparecimento da estudante Dimetria Laura Vieira Gênero, de 17 anos. Ela teria sido vista pela última vez em companhia do caseiro. "Um dia após o desaparecimento, ele foi até nossa casa e disse que ela havia fugido com o namorado para o interior de São Paulo e que estava bem", contou a avó, Marieta Ferreira Vieira, de 57 anos, com quem a adolescente morava havia dois anos. "Um dia ele deu carona a ela até o centro da cidade. Por várias vezes disse para evitar conversar com ele", comentou a avó, que acompanhou as buscas ao corpo da neta. "Ela não desgrudava do celular". Nas férias de julho de 2008, a adolescente saiu para passear e não voltou mais para casa.

Segundo o delegado José Aparecido Jacovos, há pelo menos seis meses a família começou a receber mensagens da adolescente através do seu celular. "O caseiro por diversas vezes teria ido à casa da família dizendo também ter recebido as mesmas mensagens. Ela dizia que estava bem". Desconfiados do caseiro, a família da adolescente levou o caso à polícia, que começou a investigar. "Conseguimos mandado de buscas e apreensão e localizamos no forro da escola e na casa do caseiro, roupas íntimas, documentos e objetos pessoais da adolescente", disse Jacovos.

De acordo com o delegado, na residência do caseiro foi encontrado o celular com as mesmas mensagens que a família teria recebido. "Tudo indica que ele enviava as mensagens do celular dela à família da adolescente".

Por conta das investigações no pátio da casa do caseiro, as aulas na escola estadual Vinicius Moraes que deveriam iniciar na próxima segunda-feira (16) foram suspensas. "Há indícios de que em uma outra fossa da escola possa estar os restos da ossada. As buscas vão continuar até encontrar todo o restante da ossada humana", lembrou o delegado.

Os ossos foram encaminhados ao Instituto Medico Legal de Campo Mourão para exames.

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