A polícia encontrou nesta terça-feira (2) R$ 320 mil no apartamento do ex-vereador de Campo Largo, Cláudio Thadeu Cyz. Segundo reportagem do Paraná TV, a suspeita é de que o montante integre o dinheiro roubado pelo político de moradores de Campo Largo, região metropolitana de Curitiba. Cyz recebeu o dinheiro para fazer aplicações financeiras, mas logo em seguida sumiu sem deixar pistas. Ele está desaparecido há 45 dias.
Acompanhada dos advogados do vereador, a polícia encontrou no carro da família R$ 60 mil. Dentro do apartamento os policiais acharam mais R$ 260 mil. Os policiais investigam a origem do dinheiro, mas a suspeita é de que esse montante seria usado pelas filhas de Cláudio Cyz fugirem no Brasil.
O ex-vereador é acusado de lavagem de dinheiro, sonegação de impostos e por operar empresa financeira ilegalmente. O golpe pode chegar a R$ 200 milhões.
Economia parada
O sumiço do ex-vereador faz com que centenas de famílias de Campo Largo sofram e a economia da cidade fique estagnada. Os setores mais afetados são os de construção civil e automobilístico, que tiveram até 80% de queda nas vendas. Outros comércios sentiram impacto durante as três semanas seguintes ao desaparecimento e, agora, estão retomando as vendas. Segundo o também vereador Sérgio Schmidt, o fato das pessoas viverem dos juros que rendiam do negócio de Cyz justifica o quadro atual.
Os rumores na cidade são de que Campo Largo perdeu cerca de R$ 200 milhões com o desaparecimento do ex-vereador. Há pelo menos oito anos, ele mantinha um escritório de consultoria financeira no centro da cidade e recebia as economias de campolarguenses que seriam aplicadas na Bolsa de Valores. De acordo com vários clientes, o rendimento médio ficava em torno de 4% ao mês, mas em alguns casos chegava a 8%.
Mercado imobiliário
Clientes de Cyz vendiam suas casas, aplicavam o dinheiro e com os juros construíam aos poucos residências maiores, mais confortáveis e em melhores localizações. Sem o rendimento mensal, as obras foram paralisadas. Empresários do setor de construção civil acreditam que a queda nas vendas deve permanecer por mais quatro meses. A redução de caixa em estabelecimentos do ramo varia de 20 a 60%.
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