Investigação - Polícia descarta possibilidade de roubo
A Polícia Civil trabalha com várias hipóteses para a morte do estudante, incluindo envolvimento com drogas, briga, vingança e até crime passional, mas descarta a possibilidade de roubo, porque ele não tinha nada que pudesse ser levado. A investigação será feita pela delegacia de Almirante Tamandaré, onde o corpo foi encontrado. No entanto, os policiais do município terão ajuda da Delegacia de Homicídios de Curitiba. "Ainda não sabemos se o rapaz foi executado onde foi encontrado ou se ele já foi levado morto para lá", explica o superintendente da Homicídios, Dilso Morgerot.
A preocupação da polícia agora é identificar o perfil do estudante, já que até agora não existe uma suspeita objetiva. Quem tiver informações que possam ajudar na investigação pode ligar para o telefone (41) 3657-1220.
Ana Carolina Bendlin
Familiares e amigos do estudante Bruno Strobel Coelho Santos, 19 anos, encontrado morto na última segunda-feira, estão inconformados e não sabem o que teria motivado a morte dele. A polícia ainda não tem pistas sobre a razão e autor ou autores do crime (veja quadro abaixo). No enterro, quarta-feira pela manhã no Cemitério Municipal de Curitiba, várias hipóteses foram levantadas, como assalto, seqüestro e envolvimento com drogas, mas nenhuma comprovada pela polícia. Depois de seis dias desaparecido, o corpo do rapaz foi achado em Almirante Tamandaré, na região metropolitana de Curitiba, com dois tiros na cabeça e um ferimento no abdome.
Abalado, o pai de Bruno, o jornalista e colunista esportivo Vinícius Coelho, não participou do enterro. "Até cheguei a ir, mas não desci do carro. Tive um AVC (derrame) no fim do ano passado e por isso não posso sofrer fortes emoções", diz. A mãe, Eliane, não quis dar entrevista. O rapaz estava desaparecido desde a terça-feira da semana passada, quando foi com alguns amigos a um bar na Rua Ubaldino do Amaral, próximo ao Estádio Couto Pereira.
Passados dois dias do desaparecimento, Bruno teria sido visto na Praça Tiradentes por um amigo que nem sabia que o rapaz estava sumido. A família foi informada sobre o encontro no sábado e as buscas policiais não foram interrompidas. Segundo a amiga da família, Maria Teresa Fontana Thadeo, a responsável pela localização do rapaz foi a mãe dele. "Ela leu no jornal que um cadáver foi encontrado em Almirante Tamandaré e o associou ao Bruno."
Para o presidente da torcida organizada do Império Alviverde, Luiz Fernando Correa, conhecido como Papagaio, da qual Bruno era integrante, a morte não foi motivada por briga entre torcidas. Bruno não estava uniformizado. "O sentimento de toda torcida do Coritiba é de luto. Ele era um torcedor ativo. Infelizmente aconteceu essa tragédia", diz. Uma bandeira do clube foi posta sobre o caixão e o hino coxa-branca foi cantado pelos presentes.
Homenagem no jogo do Coritiba
A morte do torcedor repercutiu até no treino do Coritiba, que se prepara para o jogo com o Criciúma, amanhã, no Couto Pereira. O técnico René Simões disse estar chocado. "Apenas imagino, nunca saberei a dor da família. Não somos educados para enterrar os nosso filhos", afirmou. Simões revelou que os jogadores farão uma homenagem ao estudante no jogo. Já os membros da torcida vão pintar uma faixa e mostrá-la no estádio. Antes da partida, também deverá ser feito um minuto de silêncio.
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