
"Tenho certeza que ele mandou matar minha filha"
Acompanhado da esposa Silvia e do neto, o arquiteto Luís Carlos Samudio, pai da estudante Eliza Samudio, 25 anos, desaparecida há três semanas, afirmou ontem estar certo de que o goleiro Bruno mandou matar a jovem. "Sei que a polícia está no sítio do Bruno. Ouvi rumores de que teriam encontrado um corpo lá, numa cisterna. Ninguém me confirmou nada ainda. Mas tenho certeza que ele mandou matar minha filha", disse por telefone, enquanto aguardava um voo para Foz do Iguaçu, onde mora.
Belo Horizonte - Com autorização da Justiça, a Polícia Civil de Minas Gerais iniciou ontem buscas no sítio do goleiro Bruno Fernandes, do Flamengo, em Esmeraldas (MG). Ele é, segundo a polícia, suspeito pelo desaparecimento da ex-namorada Eliza Silva Samudio, 25 anos. A polícia investiga uma denúncia anônima de que Bruno e mais dois amigos espancaram Eliza até a morte e ocultaram o corpo. A polícia não confirmou uma informação extra-oficial de que um corpo teria sido encontrado no sítio. Eliza está desaparecida há quase um mês.
Segundo a polícia, o filho dela, um bebê de quatro meses cuja paternidade o jogador não assume, ficou no sítio até a última sexta-feira, quando foi escondido por um amigo de Bruno, a pedido da mulher do goleiro, Dayanne Souza. A criança foi encontrada pela polícia em uma casa da periferia de Contagem (MG). Desde ontem, ele está sob cuidados do avô materno.
Ontem, Bruno foi afastado dos treinos do Flamengo e não vai viajar com os demais jogadores para Itu, interior de São Paulo. Para amigos, Bruno afirmou que está com a consciência tranquila. "Ainda vou rir muito de tudo isso, disse a eles.
De acordo com o vice-presidente jurídico do clube, Rafael de Piro, o afastamento do atleta não é uma punição, mas sim uma forma de deixá-lo à disposição da Justiça. O advogado Michel Assef Filho disse que Bruno "reza para Eliza aparecer. O defensor não soube explicar o motivo de a criança ter sido achada na sexta-feira com Dayane.
Intervenção
A cúpula da polícia mineira interveio no caso após a delegada responsável, Alessandra Wilke, ter rapidamente levantado fortes suspeitas sobre Bruno. Na ocasião, ela disse que "tudo indica que Eliza esteja morta. Ontem, o delegado Edson Moreira, chefe de Alessandra, disse que, enquanto não houver corpo, trata-se só de um desaparecimento. Segundo a polícia, "não é interessante ouvir Bruno agora.
Mas a polícia mantém a versão de que o depoimento de Dayanne, mulher do jogador, tem contradições. Ela chegou a negar em depoimento que o bebê de Eliza esteve no sítio de Bruno. Depois, disse que Eliza abandonou a criança no Rio, o que a levou a mandar o bebê para Minas. Dayanne chegou a ser detida, mas foi solta porque, segundo a polícia, não tem antecedentes.
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