A Polícia Civil de Porto Alegre realizou, nesta segunda-feira (18), uma operação para tentar localizar integrantes de um novo grupo neonazista em cinco cidades gaúchas.

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Foram apreendidos mais de 300 peças, entre fotos, DVDs, livros, três bombas caseiras, facas, estiletes, roupas com suásticas e inclusive fardas militares em Cachoeirinha (RS), Viamão (RS), Porto Alegre e em outras duas cidades da Serra Gaúcha, que a Secretaria de Segurança Pública prefere manter em sigilo.

O material foi apreendido nas casas de cinco integrantes de um novo grupo neonazista que estaria sendo formado no Rio Grande do Sul, chamado de New Land, o grupo tem cerca de um ano e seu principal líder seria o gaúcho de 21 anos, natural de Teutônia (RS), preso em abril deste ano sob a suspeita de matar um casal que também integrava um grupo neonazista. As duas facções seriam rivais.

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Segundo o titular da 1ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre, Paulo César Jardim, o grupo estaria planejando ataques a judeus e a grupos de homossexuais no estado. "Até o momento, nós tínhamos esses grupos fazendo propaganda do neonazismo, defendendo suas teses, suas teorias, mas agora eles partiram para o confronto."

O delegado explicou que o grupo se divide em três segmentos: político, propaganda e paramilitar. O terceiro teria a obrigação de selecionar soldados, que seriam encarregados de preparar bombas e explodi-las em locais específicos. Sinagogas e passeatas de homossexuais seriam os principais alvos do grupo.

"Eles não esconderam que, se precisam matar judeus, era melhor matar vários de uma vez. O mesmo vale para os homossexuais. É uma ideia bastante grave, bastante séria e nós temos a obrigação de prender essas pessoas", disse Jardim.

Para ingressar é preciso ser branco e, de preferência, com descendência europeia, além de ter conhecimentos gerais sobre o nazismo. A polícia está investigando cerca de 50 pessoas que teriam relação com o grupo, que estaria ligado a movimentos do Paraná e São Paulo. Nos últimos 60 dias, a polícia investiga a participação do grupo em pelo menos 10 mortes no estado.

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